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Banco da Rússia mantém juros inalterados face a risco de agravamento da inflação

O banco central da Rússia decidiu manter a taxa de juro de referência inalterada pela quinta vez consecutiva. Os responsáveis de política monetária receiam que a evolução da inflação ofusque ganhos do rublo e do petróleo.

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Russia's Central Bank Keeps Benchmark Rate Unchanged
18 de Março de 2016 às 11:30
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A taxa directora vai manter-se nos 11%, informou o Banco da Rússia em comunicado divulgado esta sexta-feira.

No segundo ano de recessão, a recuperação do preço do petróleo e os ganhos do rublo não são suficientes para desequilibrar a balança a favor de um alívio da política monetária russa, uma vez que a espectativa é de que a inflação se mantenha em níveis elevados, eclipsando o impacto positivo destes indicadores.

Também a limitar a acção do banco central, escreve a Bloomberg, está um alerta emitido pela entidade em Janeiro onde avançava com a possibilidade de restringir a política monetária no caos de se intensificassem os riscos de aumento dos preços. Semanas depois, o banco central não arriscaria a sua credibilidade avançando com um alívio dos juros de referência.

A maior parte dos economistas consultados pela Bloomberg (35 de 42 analistas) previram esta decisão, com os restantes a estimar uma redução da taxa de juro de referência para 10,5%.

Os preços do ouro-negro têm vindo a recuperar depois de negociarem abaixo dos 30 dólares por barril este ano, uma evolução que beneficia a economia russa, um dos maiores produtores de petróleo do mundo.  Ao mesmo tempo, a moeda russa, o rublo, têm vindo a recuperar depois de atingir mínimos históricos em Janeiro, tendo ganho cerca de 20% face ao dólar norte-americano desde então.

No entanto, e apesar do aumento dos preços ter vindo a abrandar nos últimos seis meses, continuam muito acima (cerca de duas vezes mais) do objectivo de médio prazo do banco, que se situa nos 4%.

A pesar sobre a política monetária do país está também a ausência de uma revisão do orçamento nacional para este ano, estruturado com base num preço médio por barril de petróleo de 50 dólares.

O ministro das Finanças, Anton Siluanov, está a fazer tudo ao seu alcance para manter o défice nos 3% do PIB, o que seria, ainda assim, o valor mais alto dos últimos seis anos, escreve a Bloomberg.

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