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Rússia: FMI prevê recessão de 3,4% e inflação de 15,6%

A economia russa deverá sofrer uma profunda contracção neste ano, antecipa o FMI, que pede a Moscovo mais concorrência e transparência. As sanções ocidentais e as medidas retaliatórias decretadas por Moscovo podem reduzir até 9% o PIB russo

Bloomberg
03 de Agosto de 2015 às 16:37
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Depois de ter crescido apenas 0,6% em 2014, a economia russa deverá neste ano sofrer uma profunda contracção, antecipando o Fundo Monetário Internacional que o PIB recue 3,4%, antes de voltar a crescer ligeiramente, 0,2%, em 2016. A inflação deverá duplicar de 7,8% para 15,6%. O défice orçamental agravar-se de 1,2% para 4,8% do PIB


O recuo dos preços do petróleo associado às sanções impostas em retaliação à anexação da Crimeia e a fragilidades estruturais crónicas da economia russa explicam o cenário sombrio, refere o Fundo Monetário Internacional (FMI) seu relatório anual sobre a Rússia, elaborado ao abrigo do artigo IV da instituição.

"Acelerar o ritmo das reformas estruturais é fundamental para aumentar o crescimento potencial da Rússia", devendo ser dada prioridade a "medidas destinadas a reforçar a governação, direitos de propriedade e simplificação regulamentar".

A projecção do FMI é mais pessimista do que a do governo, que assume um recuo do PIB de 3% neste ano seguido de um crescimento de 2% no próximo. No médio prazo, o Fundo estima que as sanções ocidentais e as medidas retaliatórias decretadas por Moscovo possam reduzir até 9% o PIB russo. Os EUA e a União Europeia ampliaram neste ano as sanções, restringindo o acesso dos bancos e empresas russas aos mercados globais de capital. Em resposta, Moscovo prolongou a proibição de importação de produtos alimentares.

 
O FMI saúda, por seu turno, as medidas tomadas pelo governo russo para estabilizar o sistema bancário, mas adverte que é preciso estimular a concorrência entre os bancos, através do reforço da supervisão e caminhando para a adopção das exigências de capital definidas em Basileia III. A instituição presidida por Christine Lagarde recomenda ainda a Moscovo que "reduza as barreiras comerciais, melhore a transparência e a eficácia do investimento público e aumente a concorrência nos mercados domésticos".

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