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Novo ano traz abrandamento na subida de preços. Inflação desacelera para 2,5%

Em janeiro, a taxa de inflação terá diminuído de 3% para 2,5%, segundo a estimativa rápida do INE. A diminuição é explicada, em parte, pelo efeito de base associado ao fim do IVA Zero num conjunto de bens alimentares essenciais e ao aumento de preços da eletricidade em 2024.

Patrick Pleul/AP
31 de Janeiro de 2025 às 11:08
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A taxa de inflação terá desacelerado para 2,5%, em termos homólogos, em janeiro, segundo a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgada esta sexta-feira. A diminuição é explicada, em parte, por efeitos de base: nos preços dos bens alimentares, com o fim do cabaz do IVA Zero, e na energia, devido ao aumento de preços da eletricidade no ano anterior.

"Tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do índice de preços no consumidor (IPC) terá diminuído para 2,5% em janeiro de 2025, taxa inferior em 0,5 pontos percentuais à observada no mês anterior", revela o INE.

A inflação subjacente, que exclui os produtos mais sujeitos a grandes variações de preços (produtos alimentares não transformados e energéticos), terá também diminuído em janeiro, de 2,8% para 2,6%. Este é um dos indicadores que o Banco Central Europeu (BCE) – que esta quinta-feira aprovou um novo corte nas taxas de juro – acompanha no desenho da política monetária da Zona Euro.

A contribuir para essa desaceleração da inflação em janeiro, esteve sobretudo o índice relativo aos produtos energéticos. A estimativa rápida do INE revela que a taxa de variação dos preços na energia diminuiu, em termos homólogos, de 4,9% para 2,4%, refletindo o efeito de base dos preços da eletricidade do ano passado. Isto porque, há um ano, houve um forte aumento dos preços da eletricidade, o que significa que, em termos comparativos, a subida deste ano é menor.

Já a variação do índice referente aos produtos alimentares não transformados (alimentos frescos) diminuiu, em termos homólogos, para 1,8% em janeiro. No mês anterior, a inflação nos alimentos tinha sido de 3,4%. Essa desaceleração é explicada pelo "efeito de base associado ao fim da isenção de IVA num conjunto de bens alimentares essenciais", em janeiro de 2024.

Em comparação com o mês anterior, a variação do IPC terá sido -0,5%. Estima-se uma variação média nos últimos doze meses de 2,4%, um valor idêntico ao do mês de dezembro.

O índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) português, que permite comparar a evolução dos preços em Portugal com a dos restantes Estados-membros da União Europeia, terá registado uma variação homóloga de 2,7%. No mês de dezembro, a variação homóloga do IHPC tinha sido de 3,1%. 

Os dados definitivos referentes ao IPC de janeiro serão publicados no dia 12 de fevereiro.

(notícia atualizada às 11:43)

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