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Alimentos e energia ajudam no abrandamento da inflação para 2,5% em janeiro, confirma INE

Ano Novo trouxe uma subida homóloga de preços menos expressiva do que em dezembro, contrariando a tendência que costuma marcar janeiro. Abrandamento deve-se a efeitos de base nos preços dos alimentos e na energia. Inflação subjacente também desacelerou.

Mulher compara preços no supermercado.
Getty Images
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O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou esta quarta-feira que a taxa de inflação abrandou, em termos homólogos para 2,5% em janeiro. Contrariamente ao que é habitual, o Ano Novo trouxe uma subida de preços menos expressiva, devido sobretudo a efeitos de base: nos preços dos alimentos, com o fim do cabaz do IVA Zero, e na energia, devido ao aumento de preços da eletricidade no ano anterior.

"A variação homóloga do IPC [índice de preços no consumidor] foi 2,5% em janeiro de 2025, taxa inferior em 0,5 pontos percentuais à registada no mês anterior. Com arredondamento a uma casa decimal, esta taxa coincide com o valor da estimativa rápida divulgada a 31 de janeiro", lê-se no destaque estatístico do INE.

A taxa de inflação subjacente, que exclui produtos que estão mais sujeitos a grandes variações de preços (produtos alimentares não transformados e energéticos), também diminuiu em janeiro, de 2,8% para 2,7%. É menos uma décima do que o que tinha sido divulgado na estimativa rápida. Este indicador, que é seguido de perto pelo Banco Central Europeu (BCE), revela até que ponto é que a inflação se alastrou aos produtos com preços mais estáveis, como é o caso da saúde e da educação.

A maior desaceleração na subida dos preços foi registada na energia. A variação homóloga do índice relativo aos produtos energéticos diminuiu de 4,9% em dezembro para 2,4% em janeiro, refletindo efeitos de base do aumento de preços da eletricidade, verificados em janeiro de 2024. Como a variação do índice de preços da energia em janeiro compara com igual mês do ano passado (em que estava muito alta), a variação tende a ser menor. 

Já o índice referente aos produtos alimentares não transformados (alimentos frescos) registou uma variação homóloga de 1,8%, um valor que compara com 3,4% de dezembro. Essa desaceleração é explicada pelo efeito de base associado ao fim da isenção de IVA num conjunto de bens alimentares essenciais. Recorde-se que esta medida foi retirada em janeiro de 2024, levando a uma aceleração nos preços.

Em comparação com o mês anterior, a variação do IPC foi -0,5% em janeiro. O valor compara com uma variação mensal de 0,1% observada no mês precedente e uma variação nula registada em janeiro de 2024. A variação média dos últimos doze meses foi 2,4%, um valor idêntico no mês anterior.


O índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) português, que permite comparações com outros países da União Europeia (UE), teve uma variação homóloga de 2,7%. Em comparação com o registado no mês anterior (3,1%), houve na inflação medida por este indicador, ficando esse valor ainda assim acima (em duas décimas) do valor estimado pelo Eurostat para a Zona Euro.


Sem contar com os produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal teve uma variação homóloga de 2,8% em janeiro, menos duas décimas do que em dezembro. A variação média do IHPC dos últimos doze meses foi de 2,7%, um valor idêntico no mês precedente.

(notícia atualizada às 11:24)

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