Foram mais de 38 mil os pequenos investidores que aplicaram parte das suas poupanças no novo produto do Estado, as Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV). E ainda que o mínimo de investimento fosse de apenas mil euros, a maioria aplicou bem mais do que isso, sendo que quase três quartos aplicou mais de 10 mil euros. Houve uma minoria que apostou o máximo para agarrar um juro bruto de 2,2%.

Três semanas de subscrição, 750 milhões de euros em oferta, mas a procura foi bem mais elevada: 1.234 milhões de euros. Um montante que levou ao rateio dos títulos, ou seja, fez com que nem todos os aforradores conseguissem ficar com o total de títulos que pretendia. Ainda assim, a maior parte ficou com menos de 10 títulos, ou seja, aplicou entre mil e 10 mil euros nestas obrigações para o retalho.

Dos 38.630 investidores totais, 27.895 ficaram com até 10 OTRV, sendo que 8.794 conseguiram arrebatar entre 10 e 50 destes títulos de dívida pública para o retalho que se vêm juntar aos certificados de aforro e aos Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM). Com mais de 50 e menos de 100 OTRV houve um total de 1.323 aforradores, de acordo com os dados revelados pela Euronext Lisboa.

Mas enquanto estes investidores aplicaram até 100 mil euros nestas obrigações, houve um pequeno grupo que apontou para o máximo de investimento. Para subscrever bastavam mil euros (uma OTRV), sendo o limite de um milhão de euros. Foram 46 os que aplicaram mais de 500 mil euros, de acordo com os resultados da emissão revelados esta terça-feira, 17 de Maio.

Ao contrário dos outros produtos do Estado, neste há lugar a pagamento de comissões aos bancos onde se investe pelo que o resultado líquido no final será mais baixo. Mas como o investimento é avultado, as comissões também acabam por ser mais diluídas.