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Abertura dos mercados: Bolsas disparam e petróleo corrige de fortes ganhos após acordo da OPEP
O mercado está a aplaudir o acordo alcançado entre os membros da OPEP para reduzir a produção de petróleo. As bolsas europeias valorizam mais de 1%, enquanto a matéria-prima corrige das fortes subidas de quarta-feira.
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Os mercados em números
PSI-20 sobe 1,11% para 4.613,03 pontos
Stoxx 600 ganha 1,03% para 346,10 pontos
Nikkei valorizou 1,39% para 16.693,71 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 2 pontos base para 3,309%
Euro sobe 0,04% para 1,1222 dólares
Petróleo em Londres desce 0,55% para 48,42 dólares o barril
Bolsas europeias em alta aplaudem acordo da OPEP
As bolsas europeias estão a negociar em alta esta quinta-feira, 29 de Setembro, com o mercado a aplaudir o acordo alcançado entre os membros da Organização dos países Exportadores de Petróleo (OPEP) para cortar a produção.
O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, ganha 1,03% para 346,10 pontos, impulsionado sobretudo pelo sector petrolífero, que dispara quase 4,5%.
Na bolsa nacional, é precisamente a Galp Energia a cotada que mais anima o PSI-20, com uma subida de 3,81% para 12,115 euros.
Também o BCP contribui para os ganhos. O banco liderado por Nuno Amado soma 2,65% para 1,55 cêntimos, depois de o conselho de administração ter aprovado a fusão das acções, numa reunião que decorreu esta terça-feira. O plano de fusão, que será concretizado a 24 de Outubro, fará com que os accionistas fiquem com uma acção por cada 75 detidas.
Esta fusão abre caminho à entrada da Fosun no capital da instituição, já que era uma das condições apresentadas pelos chineses. O conselho de administração decidiu, assim, mandatar a comissão executiva para prosseguir e finalizar com exclusividade as negociações com o conglomerado chinês.
Juros de Portugal descem contrariando tendência
Os juros da dívida pública portuguesa estão a descer no mercado secundário, contrariando a tendência que se verifica na maioria dos países da região do euro. A ‘yield’ associada às obrigações portuguesas a dez anos desce 2 pontos base para 3,309%, enquanto no prazo mais curto, a cinco anos, o alívio é de 0,9 pontos para 1,874%.
Em Espanha, os juros associados à dívida a dez anos sobem 1,5 pontos para 0,912% e, em Itália, agravam-se em 0,7 pontos para 1,190%.
Dólar pouco alterado
O índice que mede o desempenho do dólar face às principais congéneres mundiais está pouco alterado depois de ter caído ontem pela terceira sessão consecutiva, mesmo depois de a presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos, Janet Yellen, ter dito que a maioria dos membros do Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC, na sigla inglesa) espera um aumento dos juros este ano.
Depois de a Fed ter decidido manter a taxa de juro inalterada na reunião deste mês, o mercado aponta para uma probabilidade de 54% de o banco central anunciar uma subida no encontro de Dezembro.
Petróleo corrige de fortes subidas após acordo da OPEP
O petróleo está a negociar em queda nos mercados internacionais, corrigindo das fortes subidas registadas na sessão de ontem. O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, desce 0,28% para 46,92 dólares enquanto o Brent, transaccionado em Londres, recua 0,55% para 48,42 dólares.
Esta evolução acontece depois de a matéria-prima ter disparado mais de 5,5% na quarta-feira, reagindo ao anúncio de um acordo entre os membros da OPEP para reduzir a produção do grupo em 796 mil barris por dia para um tecto máximo de 32,5 milhões de barris.
Mesmo com este entendimento, o Goldman Sachs e Citigroup mantêm as suas estimativas de preços para a matéria-prima, considerando que permanecem dúvidas sobre a forma como o acordo será implementado.
Metais industriais sobem para máximos de mais de um ano
O acordo da OPEP para cortar a produção de petróleo levou os metais industriais a subirem para o valor mais alto em mais de um ano. O chumbo atingiu máximos de Maio do ano passado, enquanto o estanho negociou no valor mais alto desde o final de 2014.
O índice de seis metais da London Metal Exchange está a caminho de completar o terceiro trimestre consecutivo de ganhos pela primeira vez desde 2011, impulsionado pelas melhorias da economia chinesa e pelas medidas de estímulo em todo o mundo.