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Impacto da crise de Itália nos mercados em 10 gráficos
Os investidores estão a reagir à situação política em Itália. Os activos italianos estão a afundar, e arrastam a generalidade dos congéneres. O "papão" da desintegração da Zona Euro voltou a assombrar os mercados.
Juros de Itália a 10 anos em máximos de 2014
Juros de Itália a dois anos duplicam
Juros de Portugal a 10 anos em máximos de Outubro
Juros da Alemanha em mínimos de mais de um ano
Bolsa italiana em mínimos de Julho
PSI-20 em mínimos de Abril
Bolsas europeias em queda
Banca europeia em mínimos de 2016
Euro recua para mínimos de seis meses
Dólar em máximos de Novembro
No mercado de dívida o sentimento é de grande nervosismo, com os investidores a fazer duplicar as taxas de juro italianas de curto prazo. O euro está a registar o maior ciclo de quedas desde Janeiro de 2015 continua. O euro está a negociar pela primeira vez desde Novembro abaixo de 1,16 dólares.
Veja os 10 gráficos em cima para perceber o impacto da crise italiana nos mercados.
Investidores temem eurocépticos a liderar Itália
A justificar este desempenho negativo está a situação política em Itália. Os italianos foram às urnas a 4 de Março, e o Movimento 5 Estrelas ganhou as eleições. Contudo não conseguiu maioria. As negociações com a Liga decorreram e as duas forças políticas conseguiram escolher um nome para primeiro-ministro. Giuseppe Conte foi o escolhido. E aprovado pelo presidente da República, Sergio Mattarella. Contudo, a escolha para a pasta das Finanças foi chumbada pelo chefe de Estado. Conte escolheu Paolo Savona para o Ministério da Economia. Mas Mattarella rejeitou ter à frente das Finanças do país um eurocéptico que defende a saída de Itália da Zona Euro.
Esta situação levou a que Conte desistisse de formar governo. Mattarella foi rápido da solução. Convocou Carlo Cottarelli, um ex-responsável do Fundo Monterário Internacional (FMI) para o convidar a formar governo. Um convite que foi aceite.
Cottarelli aceitou e impôs uma condição: o Parlamento terá de viabilizar o Executivo através de uma moção de confiança. Caso contrário Itália ficará, de novo, sem governo. Num cenário em que o Parlamento aprova este governo apartidário, as eleições deverão ser convocadas para o início de 2019. Se a moção for chumbada, então deverão ser convocadas eleições ainda em Agosto.
Os receios dos investidores estão relacionados precisamente com as eleições. Ou melhor, com o potencial reforço do poder dos partidos eurocépticos.