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Impacto da crise de Itália nos mercados em 10 gráficos

Os investidores estão a reagir à situação política em Itália. Os activos italianos estão a afundar, e arrastam a generalidade dos congéneres. O "papão" da desintegração da Zona Euro voltou a assombrar os mercados.

Juros de Itália a 10 anos em máximos de 2014

Juros de Itália a 10 anos em máximos de 2014
A taxa de juro associada à dívida a dez anos de Itália superou a barreira dos 3%: está a aumentar 45,3 pontos base para os 3,136%, tendo já tocado nos 3,439%, um máximo quatro anos.

Juros de Itália a dois anos duplicam

Juros de Itália a dois anos duplicam
Os juros italianos a dois anos estão a duplicar o seu valor face à última sessão. A subida é superior a 150 pontos base, atingindo máximos de Junho de 2013

Juros de Portugal a 10 anos em máximos de Outubro

Juros de Portugal a 10 anos em máximos de Outubro
Portugal está a ser arrastado pelo sentimento de desconfiança em torno da Zona Euro. As taxas de juro estão a subir em todos os prazos, com a taxa a 10 anos a negociar acima dos 2,3%, em máximos de Outubro.

Juros da Alemanha em mínimos de mais de um ano

Juros da Alemanha em mínimos de mais de um ano
Com a crise em Itália, os investidores protegem-se, apostando em activos considerados de refúgio, como a dívida alemã. A taxa de juro a 10 anos da Alemanha está em mínimos de Abril de 2017

Bolsa italiana em mínimos de Julho

Bolsa italiana em mínimos de Julho
O principal índice bolsista de Itália desliza cerca de 3% esta terça-feira, atingindo mínimos de Julho de 2017. Esta é a quinta sessão consecutiva de queda na praça de Roma, período em que recua 8%.

PSI-20 em mínimos de Abril

PSI-20 em mínimos de Abril
A bolsa nacional atingiu máximos de três anos a semana passada. A crise em Itália já anulou grande parte dos ganhos, com o principal índice a recuar para mínimos de Abril.

Bolsas europeias em queda

Bolsas europeias em queda
As bolsas europeias estão todas a reflectir os receios em torno de Itália. O Stoxx600, que agrega as 600 maiores cotadas europeias, está a ceder mais de 1% esta terça-feira, arrastando o índice para uma queda desde o início do ano.

Banca europeia em mínimos de 2016

Banca europeia em mínimos de 2016
O sector bancário é dos mais afectados pela actual situação. O índice Stoxx para a banca, constituído por 48 membros, está a deslizar para mínimos de Dezembro de 2016.

Euro recua para mínimos de seis meses

Euro recua para mínimos de seis meses
A crise em Itália eleva os receios em torno da unidade da Zona Euro, o que está a pressionar o euro para mínimos de Novembro de 2017.

Dólar em máximos de Novembro

Dólar em máximos de Novembro
Os investidores acabam por se refugiar em activos de menor risco. A moeda americana está entre as mais beneficiadas
29 de Maio de 2018 às 11:33
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A manhã está a ser de fortes quedas nos mercados internacionais. As bolsas europeias estão a registar descidas acentuadas, com o destaque para o mercado italiano, cujo principal índice cai mais de 2%. Mas Portugal segue as pisadas.

No mercado de dívida o sentimento é de grande nervosismo, com os investidores a fazer duplicar as taxas de juro italianas de curto prazo. O euro está a registar o maior ciclo de quedas desde Janeiro de 2015 continua. O euro está a negociar pela primeira vez desde Novembro abaixo de 1,16 dólares. 

Os juros italianos estão a disparar em todos os prazos. Nas maturidades mais curtas - entre dois e cinco anos - a subida dos juros é superior a 100 pontos base. A taxa de juro a 10 anos está em máximos de 2014, superando os 3%. Um patamar que também já foi ultrapassado pelos juros a cinco anos. 

Veja os 10 gráficos em cima para perceber o impacto da crise italiana nos mercados.

Investidores temem eurocépticos a liderar Itália

 

A justificar este desempenho negativo está a situação política em Itália. Os italianos foram às urnas a 4 de Março, e o Movimento 5 Estrelas ganhou as eleições. Contudo não conseguiu maioria. As negociações com a Liga decorreram e as duas forças políticas conseguiram escolher um nome para primeiro-ministro. Giuseppe Conte foi o escolhido. E aprovado pelo presidente da República, Sergio Mattarella. Contudo, a escolha para a pasta das Finanças foi chumbada pelo chefe de Estado. Conte escolheu Paolo Savona para o Ministério da Economia. Mas Mattarella rejeitou ter à frente das Finanças do país um eurocéptico que defende a saída de Itália da Zona Euro.

 

Esta situação levou a que Conte desistisse de formar governo. Mattarella foi rápido da solução. Convocou Carlo Cottarelli, um ex-responsável do Fundo Monterário Internacional (FMI) para o convidar a formar governo. Um convite que foi aceite.

 

Cottarelli aceitou e impôs uma condição: o Parlamento terá de viabilizar o Executivo através de uma moção de confiança. Caso contrário Itália ficará, de novo, sem governo.  Num cenário em que o Parlamento aprova este governo apartidário, as eleições deverão ser convocadas para o início de 2019. Se a moção for chumbada, então deverão ser convocadas eleições ainda em Agosto. 

 

Os receios dos investidores estão relacionados precisamente com as eleições. Ou melhor, com o potencial reforço do poder dos partidos eurocépticos.

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