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Correios do Japão disparam na maior estreia em bolsa do ano

As acções dos Correios do Japão dispararam 26% na primeira sessão em que negociaram em Tóquio. A tripla estreia em bolsa, que inclui os Correios, o banco postal e a seguradora, é a maior deste ano.

Bloomberg
04 de Novembro de 2015 às 09:28
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As acções dos Correios do Japão dispararam na primeira sessão em que negociaram na bolsa de Tóquio. A tripla oferta pública de venda (IPO, na sigla inglês), que permitiu um encaixe de 1,44 biliões de ienes (10,8 mil milhões de euros) ao Estado japonês com a privatização de 11% dos Correios, do banco postal e da unidade de seguros é a maior desde a estreia em bolsa da Alibaba, em Setembro de 2014.

A holding que detém os Correios subiu 25,71% para 1.760 ienes, numa sessão positiva na bolsa de Tóquio, que subiu 0,9%. Com o preço de fecho regista um valor de mercado de 7.920 biliões de ienes. O banco postal avançou 15,24% para 1.671 ienes, alcançando uma capitalização bolsista de 7,5 biliões de ienes, o que o torna o segundo maior banco do Japão.

A seguradora dos Correios foi a cotada que mais subiu. Avançou 56% para 3.430 ienes. O ganho mais expressivo está relacionado com a menor oferta, explica Hirozumi Kobayashi, citado pela Bloomberg. O Estado vendeu cerca de 66 milhões de acções da seguradora, um número muito inferior aos 400 milhões de acções dos correios e do banco, que impediu muitos investidores de adquirirem simultaneamente títulos das três empresas, justifica o analista da Fisco, em Tóquio.

"Os preços acabaram por subir mais do que o esperado", disse Kazumi Tanaka, à Bloomberg. O analista de IPO na DZH Financial Research prevê que os títulos continuem a valorizar, calculando que apenas 8% dos investidores que compraram acções antes da estreia venderam durante a manhã da primeira sessão. Nas dez maiores estreias no Japão, os títulos avançaram em média 8%.

"Há um ambiente de Carnaval no mercado", disse Mirsushinge Akino, à Bloomberg. "Os investidores privados que não conseguiram comprar acções durante o período de subscrição estão a tentar agora. Os preços são relativamente baratos e a rendibilidade do dividendo elevada", justifica.

A grande maioria dos investidores, da parcela de 80% que está reservada para japoneses, são famílias, que procuram retornos mais atractivos, num país em que a aposta de particulares em acções é baixa. Para o governo, esta é uma oportunidade de atrair 500 mil pessoas para o mercado accionista pela primeira vez e reverter uma cultura marcada pela aversão ao risco.

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