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Europa ultrapassa EUA nas estreias em bolsa

As ofertas públicas iniciais na Europa deverão ultrapassar os EUA pelo segundo ano consecutivo, em 2016, antecipam os bancos, citados pelo Financial Times. Este ano, ainda não houve nenhuma empresa norte-americana a ir para a bolsa.

Bloomberg
03 de Fevereiro de 2016 às 11:58
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A empresa sueca Xbrane encaixou 12 milhões de dólares numa oferta pública inicial (IPO, na sigla original), liderando o ranking, este ano, de acordo com o Financial Times (FT). Com este valor, os IPO na Europa ascendem já a 31 milhões de dólares, enquanto que nos EUA não há ainda nenhuma estreia em bolsa, revelam os dados da Dealogic, citados pelo jornal.

Este arranque do ano reflecte a tendência que marcou 2015 e que os bancos de investimento acreditam que irá continuar a ocorrer este ano, indica o Financial Times. A evolução económica, ciclo de crédito e políticas monetárias divergentes justificam as tendências opostas.

Os estímulos monetários do Banco Central Europeu, com impacto na economia, estão a favorecer a entrada no mercado de capitais europeu, ao passo que nos EUA, os investidores estão preocupados com o abrandamento da economia e com o impacto da subida dos juros pela Reserva Federal.

"A actividade este ano parece tender para ser europeia e transversal a várias indústrias", diz Mark Hantho, ao FT. Nos EUA, as estreias em bolsa deverão aumentar no segundo semestre, prevê o director de mercados accionistas do Deutsche Bank.

Além disso, a privatização de empresas públicas por governos endividados, especialmente em Itália, vão contribuir para o maior volume na Europa, indicam os bancos, consultados pelo FT. Em 2015, o IPO dos Correios italianos foi um dos maiores, num ranking liderado pela espanhola Aena, a nível europeu, e pelos Correios do Japão, a nível mundial.

Para este ano, o Financial Times destaca as estreias prováveis da Bats Global Markets, Albertsons e SoulCycle, bem como a BeiGene e Editas Medicine, cujos IPOs estão agendados para esta semana. "Temos que ver uma redução da volatilidade e alguns fortes negócios a quebrar o gelo para dar algum motive de entusiasmo aos investidores", diz Matthew Kennedy, analista na Renaissance Capital.

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