As unidades de retalho do grupo Sonae terão alcançado vendas de 4,784 mil milhões de euros em 2015, antecipa o Caixa BI.

Numa nota divulgada esta quinta-feira, 14 de Janeiro, os analistas do banco de investimento estimam que a Sonae MC, que agrega o retalho alimentar do grupo, terá registado vendas de 3,493 mil milhões de euros, um aumento de 0,9% face a 2014. Mas, excluindo o impacto das aberturas e encerramentos de lojas ("like-for-like"), antecipa uma quebra de 2,5%.

Já a Sonae SR, a subsidiária dedicada ao não-alimentar, através de insígnias como a Worten ou a Sportzone, terá mantido o desempenho do ano passado, alcançando vendas de 1,291 mil milhões de euros.

"O aumento de vendas da Sonae MC deverá ter resultado essencialmente do aumento de área de vendas durante o ano (3% considerados nas estimativas) com os valores negativos no 'like-for-like' [na mesma base comparável de lojas] a reflectirem o impacto da deflação interna", sobretudo devido ao "esforço comercial intenso", aponta o Caixa BI.

Os analistas alertam, contudo, que o último trimestre "é habitualmente o mais forte e vemos margem para os números finais surpreenderem".

Quanto à Sonae SR deverá, "uma vez mais, ter melhorado a densidade de vendas, com a área comercial disponível a baixar durante o ano (no fim de Setembro, as lojas internacionais operadas pela Sonae SR ocupavam uma área de 13% inferior à ocupada no fim dos nove meses de 2014) e a evolução de vendas 'like-for-like' a terminar o ano perto dos 0%", continua a nota.

Neste caso, o crescimento do volume de negócios no estrangeiro "pode compensar algumas das dificuldades domésticas reportadas ao longo de 2015".

"Como um todo, a nossa perspectiva para o valor das vendas preliminares é uma continuação da evolução observada nos números reportados em Setembro", concluem os analistas, que mantêm a recomendação de "comprar" às acções da retalhista.

O grupo co-liderado por Paulo Azevedo e Ângelo Paupério (na foto) divulga vendas preliminares a 20 de Janeiro, após o fecho do mercado.

A Sonae segue a desvalorizar 4,27% para 1,01 euros.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.