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Haitong: Alerta do FMI para a banca aumenta incerteza para o sector
O Haitong considera que o alerta do FMI para a banca nacional aumenta a incerteza para o sector, num momento que continua sem conhecer-se quais os planos do Governo para estabilizar o sector.
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O Fundo Monetário Internacional (FMI) apontou os problemas na banca portuguesa como um dos factores de preocupação para a economia mundial. Um alerta que, na opinião do Haitong, aumenta a incerteza para o sector da banca nacional.
O FMI, no seu relatório com as previsões económicas, refere o sistema financeiro português entre as principais fragilidade sobre a economia mundial. "São notícias negativas para os bancos portugueses na medida em que aumenta a incerteza enquanto ainda não temos clareza suficiente acerca dos planos do Governo para estabilizar o sistema", adianta o Haitong, num comentário a esta notícia.
O analista Carlos Cobo lembra que o alerta do FMI surge num momento em que o Executivo de António Costa ainda está a analisar quais as opções para fortalecer o sistema bancário português. A eventual criação de um "banco mau" é uma das possibilidades que já foi discutida.
"No entanto, até agora, as autoridades ainda não clarificaram quais entidades poderiam pedir etas medidas extraordinárias", refere o Haitong. Além desta incerteza, há ainda o plano de recapitalização da CGD, que poderá atingir os cinco mil milhões de euros, e o processo de venda do Novo Banco.
O banco de investimento adianta ainda que após os aumentos de capital do Banco Popular e do italiano Popolare, o BCE parece ter mudado a sua abordagem. Carlos Cobo considera que a autoridade liderada por Mario Draghi poderá exigir que os bancos deixem de lado fundos adicionais para fazer face a provisões relacionadas com elevados ‘stocks’ de exposições problemáticas e níveis de baixa cobertura, "o que acreditamos que pode eventualmente incluir BCP". Situações que deverão continuar a pesar nos títulos do sector.