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Wall Street avança com S&P 500 a rondar os máximos históricos

As bolsas do outro lado do Atlântico encerraram no verde, com a valorização dos títulos da energia e das operadoras aéreas a ofuscarem as perdas nos sectores da banca e dos cuidados de saúde.

Bloomberg
07 de Junho de 2016 às 23:56
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As bolsas norte-americanas seguem em maré positiva. Esta terça-feira, a subida dos preços do petróleo animou os títulos da energia, o que, a par com a valorização das acções das transportadoras aéreas, contribuiu para o movimento de alta.

 

O principal índice do mundo, o Standard & Poor’s 500, encerrou a somar 0,13% para 2.112,13 pontos, a negociar assim em níveis de Julho do ano passado. Com efeito, há 10 meses que o S&P 500 não atingia patamares tão elevados, tendo a meio da sessão chegado a alcançar os 2.119,22 pontos, o seu mais alto valor desde 22 de Julho de 2015 – e ficando assim a apenas 0,70% do seu máximo histórico de 2.130,82 pontos.

 

Perto do final da sessão, os principais índices de Wall Street perderam algum do gás, mas mantiveram-se positivos, com excepção do tecnológico Nasdaq Composite que recuou ligeiramente, 0,14%, para se fixar nos 4.961,75 pontos.

 

Já o índice industrial Dow Jones fechou a reportar um acréscimo de 0,10% no fecho, para 17.938,28 pontos. Chegou, momentaneamente, a superar a fasquia dos 18.000 pontos, algo que não acontecia desde Abril.

 

A sustentar a tendência desta terça-feira esteve sobretudo a subida do preço do crude, numa sessão em que o dólar resvalou, o que tornou mais atractivos os activos negociados na nota verde – como é o caso da maioria das matérias-primas.

 

O crude está em alta devido à expectativa de que as suas reservas semanais tenham voltado a diminuir nos EUA – contribuindo assim para aliviar a pressão sobre a oferta mundial excedentária – e também devido à depreciação do dólar.

 

Os ganhos do petróleo animaram significativamente o sector energético nas bolsas, com a Chevron e a Exxon Mobil a ganharem em torno de 1,5%.

 

O sector da energia disparou 1,7% no mercado norte-americano, atingindo o patamar mais elevado desde Novembro passado. No acumulado do ano sobe 14% depois de em 2015 ter afundado 24%.

 

Também as companhias aéreas estiveram a impulsionar Wall Street, com o índice do sector (Bloomberg U.S. Airlines Index) a registar a maior valorização dos últimos dois meses. Isto depois de a JPMorgan Chase ter dito que a JetBlue Airways aumentou as suas tarifas domésticas em três dólares, levando outras operadoras do sector a quererem equiparar-se nos mercados concorrentes.

 

Do lado negativo, destaque para a pressão exercida pelos títulos dos cuidados de saúde, liderados pelas perdas da Biogen – que afundou 13% depois de um medicamento experimental para a esclerose múltipla ter chumbado num teste a meio do percurso.

 

As bolsas mundiais estiveram hoje a ser também animadas pelo discurso da presidente da Fed, Janet Yellen, que disse na segunda-feira, 6 de Junho, que a economia dos EUA continua a fortalecer-se o suficiente para encaixar aumentos graduais das taxas de juro, apesar dos recentes sinais de desaceleração do crescimento dos empregos.

 

Antes de se decidir por um novo aumento dos juros, "a Fed quer ver pelo menos mais um relatório do emprego, para verificar se o último foi um ‘desvio’ ou o início de uma tendência", comentou à Bloomberg um estratega da gestora Wells Fargo Funds Management, Brian Jacobsen.

 

Estas declarações de Yellen levaram o consenso de mercado a apontar para que a nova subida de juros não ocorra já na próxima reunião – 14 e 15 de Junho – como se tinha chegado a supor.

 

Os investidores deixaram de se concentrar nos dados do emprego nos EUA – que na sexta-feira mostraram que em Maio se registou o mais baixo número mensal de contratações desde 2010 – e focalizaram-se em quem beneficia com um dólar mais baixo e com um aumento dos juros das obrigações.

 

Em Maio, os empregadores norte-americanos adicionaram 38 mil postos de trabalho, o valor mais baixo desde Setembro de 2010. Apesar disto, a taxa de desemprego desceu para 4,7%, o nível mais baixo desde Novembro de 2007, factor que é explicado pelo maior número de americanos a saírem da população activa.

 

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