Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Fecho dos mercados: Yellen suporta ganhos das bolsas e petróleo supera 51 dólares

A expectativa de que a Fed adie a subida de juros nos EUA está a dar suporte às acções mundiais. Lisboa viveu a melhor sessão desde Abril, sustentada pela subida superior a 15% do BCP. O petróleo segue acima de 51 dólares.

Bloomberg
07 de Junho de 2016 às 17:32
  • ...

Os mercados em números

PSI-20 ganhou 1,59% para 4.857,44 

Stoxx 600 subiu 1,12% para 346,26 pontos

S&P 500 avança 0,36% para 2.116,92 pontos

"Yield" da dívida de Portugal a 10 anos caiu 7,6 pontos base para 3,119%

Euro recua 0,01% para 1,1354 dólares

Petróleo ganha 1,25% para 51,18 dólares por barril, em Londres

Yellen sustenta ganhos nas bolsas

As bolsas do Velho Continente estiveram a valorizar pelo segundo dia consecutivo, depois de a presidente da Reserva Federal dos EUA, Janet Yellen, ter indicado que as taxas de juro não irão subir prematuramente, apesar dos sinais de recuperação da economia do país. O Stoxx 600 valorizou 1,12%, num momento em que as expectativas apontam agora para um adiamento na subida dos juros para depois do verão, depois de ter sido conhecido, na passada sexta-feira, que a maior economia do mundo criou apenas 38 mil postos de trabalho, em Maio, um valor que ficou abaixo do esperado e que é o mais baixo desde 2010.

Já em Lisboa, o PSI-20 subiu 1,59%, numa sessão em que o BCP acelerou mais de 15%. O banco, que tem estado a fixar mínimos históricos nos últimos dias, escalou 15,38% para 0,0255 euros, dando à bolsa portuguesa a melhor sessão desde Abril. As acções até marcaram um novo mínimo histórico no arranque da sessão (0,0205 euros), mas recuperaram terreno até ao final do dia. As empresas energéticas também sustentaram a negociação. A Galp Energia valorizou 0,76% para 11,91 euros, a EDP subiu 1,22% para 2,995 euros e a EDP Renováveis valorizou 0,39% para 6,98 euros.

Prémio de risco desce antes de leilão

Pela primeira vez em seis sessões, o prémio de risco de Portugal caiu. A taxa de referência a 10 anos desceu 7,6 pontos base para 3,119%, na véspera de Portugal ir ao mercado com um leilão de divida de longo prazo. O IGCP prevê angariar entre 750 milhões e mil milhões de euros com a emissão de obrigações a cinco e nove anos. Já a linha a 10 anos alemã baixou 3,6 pontos base para 0,50%, reduzindo o diferencial face à dívida nacional para 306,89 pontos.

Euribor em novos mínimos a seis meses

As taxas Euribor a seis meses caíram hoje para novos mínimos, ao passo que subiram na maturidade a três meses e mantiveram-se inalteradas a nove e a 12 meses. O indexante a seis meses, o mais utilizado em Portugal nos créditos à habitação, desceu para -0,159%, um novo mínimo. Já a taxa a três meses, que na última sessão tinha tocado um novo recorde, subiu para -0,261%. Nos prazos a nove e 12 meses, os indexantes mantiveram-se em -0,089% e -0,018%, respectivamente.

Dólar em mínimos de um mês

A moeda dos EUA está a negociar no valor mais baixo num mês face ao euro, penalizada pela perspectiva de que o banco central norte-americano mantenha as taxas de juro inalteradas na reunião deste mês, depois de anteriormente ter admitido uma subida. O índice do dólar da Bloomberg seguia a ceder 0,3%, depois de ter estado a negociar em mínimos de 6 de Maio. Num discurso realizado no início desta semana, Janet Yellen, a presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos, repetiu que é "apropriado" subir os juros de forma gradual mas não adiantou qualquer data.

Petróleo em máximos de dez meses

O petróleo está a negociar em máximos de Outubro do ano passado, com a matéria-prima a cotar acima dos 51 dólares, em Londres. O barril de Brent está a valorizar 1,25% para 51,18 dólares e já fixou um máximo de oito meses para 51,30 dólares. A suportar as cotações está a expectativa de nova descida nas reservas de crude nos Estados Unidos, o que sugere uma diminuição no excesso de oferta no mercado. Os analistas contactados pela Bloomberg estimam que os "stocks" de crude nos Estados Unidos tenham descido em 3 milhões de barris na semana terminada a 3 de Junho. O Departamento de Energia dos Estados Unidos vai divulgar os números na quarta-feira.

Ouro cai pela primeira vez em três dias

O metal precioso está a perder parte do seu brilho esta terça-feira, 7 de Junho. O ouro cai 0,3% para 1.243,80 dólares por onça, depois de a China, o maior consumidor do metal mundial, ter adiantado que não aumentou as reservas de ouro, alimentando os receios de que a procura pela matéria-prima esteja enfraquecer. O banco central chinês manteve as reservas de ouro inalteradas e Maio.

Destaques do dia

BCP: de perdas de 7% a ganhos de 8% em apenas duas horas. As acções do BCP seguem a valorizar 8,6% numa sessão de elevada volatilidade e em que as vendas a descoberto estão proibidas.

Miguel Almeida: saída de Isabel dos Santos não vai prejudicar a Nos. O CEO da Nos diz que "não se altera absolutamente nada" com a saída de Isabel dos Santos da administração da empresa. A decisão surgiu depois da empresária angolana ter assumido a presidência não executiva da Sonangol.

BCE "chumba" entrada de sete países na Zona Euro. O Banco Central Europeu (BCE) considera que os sete países aspirantes a entrar na zona euro não cumprem "os critérios de convergência legal" e têm incompatibilidades em relação à independência dos respectivos bancos centrais. 

Lembra-se de Kerviel? Vai receber 450 mil euros do Société Générale. Foi o protagonista de uma das maiores fraudes da história dos mercados financeiros e foi preso por isso. Agora vai receber uma indemnização superior a 400 mil euros por ter sido despedido injustamente.

Estado não deve ser discriminado como accionista da CGD. O antigo ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, afirmou hoje que o Estado "não deve ser discriminado" como accionista e deve poder capitalizar a Caixa Geral de Depósitos (CGD) em pé de igualdade com os do sector privado.

O que vai acontecer amanhã

Dados do emprego. O INE divulga o Índice de volume de negócios, emprego, remunerações e horas trabalhadas na indústria, relativo a Abril.

Boletim económico de Junho. O Banco de Portugal avalia a evolução económica na Zona Euro e, em particular, em Portugal, bem como a política orçamental.

Alphabet. Decorre a Assembleia-geral anual na sede da Google.

Ver comentários
Saber mais fecho dos mercados bolsas câmbios euro dólar petróleo ouro juros Euribor leilão Fed WTI Brent yields PSI-20 Stoxx 600 spread Fed Janet Yellen
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio