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Trump arrasta sector farmacêutico para perdas

O presidente eleito afirmou que as farmacêuticas estão a "escapar impunes" nas práticas de preços de medicamentos elevados. Estas declarações estão a provocar a queda das acções do sector em Wall Street.

No dia 9 de Fevereiro, a Europa acordou em sobressalto. Os mercados bolsistas estavam a 'derreter' e a fuga de capitais para os refúgios - ouro e dívida alemã - dava sinais de que o caso era sério. No final do dia, os piores cenários confirmaram. O índice bolsista de banca perdeu quase 30%, as quedas da bolsa oscilavam entre os 18,5% de Frankfurt e os quase 40% de Atenas, com os índices a regressarem à década de 90. O receio em torno da fragilidade financeira da Europa, com o Deutsche Bank à cabeça, assustou muita gente. Dois dias depois, a tempestade desapareceu do mapa.
Bloomberg
11 de Janeiro de 2017 às 19:38
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"Vamos poupar milhares de milhões de dólares durante um período e vamos fazer isso com uma série de indústrias", afirmou Donald Trump durante a conferência de imprensa que deu esta quarta-feira, 11 de Janeiro. "Temos de fazer com que a indústria farmacêutica regresse," defendeu perante os jornalistas.

Segundo Trump - que toma posse dentro de nove dias como 45.º presidente dos EUA - este sector "fornece medicamentos" que são fabricados maioritariamente fora dos EUA. As farmacêuticas estão ainda a "escapar impunes" à cobrança de preços elevados, acrescentou.

 

O presidente eleito dos EUA não especificou a forma como vai reduzir os custos dos medicamentos, realçando apenas que a indústria farmacêutica tem muitos lobistas.

 

As declarações foram suficientes para pressionar as acções das empresas ligadas à indústria farmacêutica que transaccionam em Wall Street. O índice Nasdaq Biotech está a descer mais de 3%, numa altura em que cotadas como a Cempra, Achillion e a Endo estão a descer mais de 8%, enquanto a Novocure estão a recuar mais de 9%. Já a Pfizer está a cair mais de 2% e a Johnson & Johnson está a ceder mais de 1%.

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