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Trump questiona no twitter se "vivemos nos tempos da Alemanha Nazi"

O presidente eleito dos Estados Unidos e Moscovo negaram que os russos detenham informação comprometedora sobre Donald Trump.  

Reuters
Negócios 11 de Janeiro de 2017 às 14:33
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No dia em que vai efectuar a primeira conferência de imprensa desde que ganhou as eleições, Donald Trump atacou os serviços de informação do país, acusando-os de permitirem fugas para a imprensa de modo a afectar a sua imagem.

 

Responsáveis dos serviços de informação apresentaram na semana passada ao próximo chefe de Estado dos Estados Unidos, bem como ao Presidente cessante, Barack Obama, uma sinopse de duas páginas com material possivelmente embaraçoso, noticiaram a CNN e o The New York Times, que citaram vários funcionários norte-americanos, que não foram identificados, com intervenção directa no encontro.

 

Trump repudiou a informação, a circular na imprensa norte-americana, sobre material prejudicial para a sua vida política e pessoal como uma "caça às bruxas política".

 

A primeira reacção surgiu ainda ontem à noite, mas hoje o presidente eleito volta à carga. Também no twitter, Trump acusa dos serviços de informação de permitirem notícias falsas. "Esta última atingiu-me. Estamos a viver na Alemanha Nazi?", questionou.

 

Ainda na rede social, Trump afirmou que a Rússia nunca tentou utilizar informação contra ele. "Não tenho nada a ver com a Rússia, - não tenho negócios, não tenho empréstimos, não tenho nada", afirmou o presidente eleito, acusando os seus oponentes de pretenderem "minimizar a sua vitória com notícias falsas".


Para hoje está prevista a primeira conferência de imprensa do presidente eleito desde as eleições.

 

Também a Rússia negou as alegações, com o porta-voz do presidente russo, Vladimir Putin, a garantir aos jornalistas que "o Kremlin não tem informação comprometedora sobre Trump" e a considerar que este episódio é "uma tentativa óbvia de afectar as relações bilaterais".

 

A CNN não adiantou detalhes sobre as alegações, mas o portal de notícias Buzzfeed publicou, sem confirmar o seu conteúdo, o dossiê de 35 páginas de informações que serviram de base para a sinopse, que tem circulado em Washington há meses.

 

Os relatos referem vídeos sexuais envolvendo prostitutas, filmados durante uma visita de Trump, em 2013, a um hotel luxuoso da capital russa, Moscovo, supostamente com um objectivo de potencial chantagem.

 

Também sugerem que as autoridades russas propuseram negócios lucrativos para ganhar influência sobre o milionário.

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