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Russos têm informação pessoal e financeira comprometedora sobre Trump

A estação televisiva CNN, que avança a notícia, sustenta a sua história em "múltiplos" funcionários norte-americanos com conhecimento de reuniões entre os serviços secretos, Trump e Obama onde aquela informação foi transmitida.

Kevin Lamarque /Reuters
11 de Janeiro de 2017 às 00:58
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Os chefes dos serviços de Informações dos EUA apresentaram ao Presidente norte-americano cessante, Barack Obama, e ao eleito, Donald Trump, material alegadamente comprometedor para o último, que estaria na posse do Governo russo, noticia a CNN.

Este material, sintetizado em duas páginas, foi apresentado a Trump durante a reunião que teve na semana passada com o director das Informações Nacionais (DNI, na sigla em inglês), James Clapper, da polícia federal (FBI), James Comey, e das agências Central de Informações (CIA), John Brennan, e da Segurança Nacional (NSA), Mike Rogers.

A estação televisiva sustenta, no seu sítio na Internet, a sua história em "múltiplos" funcionários norte-americanos com conhecimento daquelas reuniões.

Pelo menos, parte da informação apurada foi obtida por um ex-agente do serviço de informações britânico MI6, que esteve colocado em Moscovo na década de 1990 e agora tem uma empresa, adianta a televisão de Atlanta. As suas investigações começaram por ser financiadas por apoiantes de opositores de Trump durante as primárias republicanas.

Aquelas duas páginas com a alegada informação comprometedora, de carácter pessoal e financeiro, segundo a CNN, serão de conhecimento muito reservado. Apenas Obama, Trump e os quatro líderes partidários do Congresso e os quatro principais membros das comissões de Informações do Senado e da Casa dos Representantes conheceriam o seu conteúdo, além dos dirigentes dos serviços de informações.

As páginas sintetizariam um conjunto de 35, que a CNN garantiu já ter visto, que, noticiou, o senador republicano John McCain já teria entregado ao director do FBI.

Além da eventual informação pessoal e financeira comprometedora, a CNN adiantou ainda que a sinopse de duas páginas incluiria alegações da existência de um fluxo contínuo de informação entre Trump e o Governo russo, com recurso a vários intermediários.
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