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Wall Street recupera e ultrapassa efeito Trump

As bolsas norte-americanas encerraram a sessão em alta ligeira, recuperando das perdas infligidas a meio da sessão pelas declarações do presidente eleito, que criticou fortemente as farmacêuticas.

Reuters
11 de Janeiro de 2017 às 21:13
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Os três principais índices bolsistas de Nova Iorque deram a volta por cima e acabaram por encerrar a sessão desta quarta-feira, 11 de Janeiro, com ganhos ligeiros, depois de terem estado, ao longo do dia, a perder quase 0,5% na sequência dos ataques do presidente eleito dos EUA às empresas do sector farmacêutico.

Os maiores ganhos couberam ao industrial Dow Jones, que apreciou 0,5% para 19.954,28 pontos, enquanto o S&P 500 ganhou 0,28% para 2.275,32 pontos. A performance do tecnológico Nasdaq continuou a ser beliscada pelo mau desempenho das empresas do sector biotecnológico, entre as mais visadas nas palavras de Donald Trump, encerrando a subir 0,21% para 5.563,65 pontos.

Naquela que foi a sua primeira conferência de imprensa em seis meses, Trump prometeu poupar "milhares de milhões de dólares" com despesas com algumas indústrias, acusando especificamente as farmacêuticas de estarem a fornecer medicamentos a preços muito elevados mas que são feitos fora dos EUA. "Temos de fazer com que a indústria farmacêutica regresse," defendeu perante os jornalistas. Em reacção, o índice Nasdaq Biotech fechou a cair 2,99%.

"Qunado alguém com tamanha importância diz algo tão negativo, ninguém quer investir. Olham para o sector como a não investir e retiram o seu dinheiro," explicou Brad Loncar, da Loncar Cancer Immunotherapy ETF, à Reuters. Os títulos desta biotecnológica recuaram hoje 2,59% para 22,25 dólares.

Gigantes como a Johnson & Johnson e a Abbvie também foram penalizados, mas a generalidade do sector recuperou parte das perdas depois de Donald Trump não ter especificado que medidas iria tomar no sector da saúde.

Também penalizada foi a Lockheed Martin, que encerrou a ceder 0,41% depois de Trump ter reafirmado que o programa de compra de caças F-35 é muito caro e que pretende reduzir o seu preço. A acção chegou a recuar 1,75% ao longo da negociação. 


Das declarações de Trump ficaram as promessas de criação de empregos e a garantia dada pelo presidente eleito de que, se não fosse ele a ocupar a Casa Branca, as multinacionais que nos últimos dias têm reunido com ele não investiriam nos EUA e sim noutros países. "O mercado não obteve aquilo que queria - detalhes sobre os estímulos que [Trump] deverá implementar," disse o analista Bipan Rai, do Canadian Imperial Bank of Commerce, à Reuters. 

Já do lado dos ganhos, as acções das energéticas reflectiram o regresso do preço do petróleo às apreciações, com o Brent do mar do Norte em Londres a ganhar 2,98% para 55,24 dólares e em Nova Iorque o West Texas Intermediate a somar 3,05% para 52,37 dólares.

Ganhos que se verificaram depois de se saber que a Arábia Saudita vai reduzir a quantidade de petróleo a ser vendida à China e a outros países asiáticos em Fevereiro. E de ser conhecido que as refinarias dos EUA processaram 17,1 milhões de barris de petróleo por dia na semana passada, o valor mais elevado desde 1989. Um comportamento que, explicam analistas à Reuters, está relacionado com a necessidade de constituir stocks antes de estas instalações de processamento encerrarem para manutenção. 

(Notícia actualizada) 

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