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Tensão crescente na Síria arrasta bolsas europeias para perdas de quase 1,5%

Os mercados accionistas europeus seguem a perder mais de 1%, após o chefe da diplomacia norte-americana ter afirmado que a Síria usou armas químicas no ataque da passada quarta-feira, 21 de Agosto, nos arredores de Damasco. Uma possível intervenção militar neste país está a afastar os investidores de activos de risco.

27 de Agosto de 2013 às 10:44
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"Foram utilizadas armas químicas na Síria. É inegável", afirmou Kerry aos jornalistas, numa intervenção proferida em Washington, acrescentando que o ataque da passada quarta-feira, nos arredores de Damasco, não pode ficar sem resposta. Estas declarações estão a alimentar os receios em torno de possíveis retaliações, que possam resultar em instabilidade para a economia mundial.

 

Face a estas declarações, as bolsas europeias estão a ter a maior queda da última semana, com o STOXX 600 a depreciar 1,15% para 300,98 pontos, sendo que os índices mais penalizados são o grego ASE/FTSE com um deslize de 2,19% e o espanhol IBEX, que recua 1,88%. Nenhum dos principais índices da Europa escapa à tendência negativa.

 

Desde os mínimos deste ano, registados a 24 de Junho, o índice já subiu 9,1%, numa altura em que o Banco Central Europeu reafirmou que as taxas de juro vão continuar baixas por um longo período.

 

Esta é a primeira queda em três dias, agravada também pela disputa política em Itália e pela diminuição dos pedidos de bens duradouros nos Estados Unidos, abaixo do que era expectável.

 

De acordo o chefe da diplomacia norte-americana, "a situação a que [o mundo] assistiu na

A aparente certeza de que as acções militares na Síria vão começar tem aumentado a incerteza entre os investidores.
 
Jonathan Sudaria
Analista da Capital Spreads

semana passada na Síria choca a consciência mundial. Desafia qualquer código de moralidade. O massacre massivo de civis, a morte de mulheres e crianças inocentes através do recurso a armas químicas é moralmente indecente".

 

"O Presidente (norte-americano) Barack Obama considera que aqueles que recorreram às armas mais atrozes contra as populações mais vulneráveis do planeta devem responder por isso", acrescentou Kerry, citado pela agência France Presse.

 

A possibilidade de uma intervenção na Síria, por parte da comunidade internacional, penalizou a negociação em Wall Street, na Ásia e está a penalizar os mercados europeus.

 

“A aparente certeza de que as acções militares na Síria vão começar tem aumentado a incerteza entre os investidores sobre possíveis repercussões, que poderão reacender um barril de pólvora numa região já por si só volátil”, afirmou Jonathan Sudaria, da Capital Spreads. “Naturalmente os investidores vão afastar-se de activos de risco até que haja alguma clareza sobre o futuro da intervenção militar na Síria."

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