A bolsa nacional está a acentuar as quedas registadas no arranque da sessão. O PSI-20 desce 1,11% para 5.783,93 pontos, com 15 cotadas em queda, uma em alta e duas inalteradas. No resto da Europa, o sentimento é igualmente de perdas. A praça helénica é a que mais perde, recuando mais de 4%. Lisboa é a segunda que mais desvaloriza. Este comportamento tem lugar numa altura em que os investidores temem que as negociações entre a Grécia e os credores, com vista ao pagamento da última tranche do programa de ajuda, falhem.

Esta quinta-feira, 12 de Junho, a equipa do FMI abandonou as negociações com o governo grego sem chegar a acordo. Uma decisão justifica com o facto de existiram grandes diferenças entre as duas partes.

O primeiro-ministro helénico, Alexis Tsipras, reconheceu, após um encontro com Jean-Claude Juncker em Bruxelas, que persistem diferenças com os credores em termos "orçamentais e financeiros". Contudo, o primeiro-ministro grego garantiu que o seu Governo está a trabalhar para superar essas divergências, com o objectivo de alcançar um acordo que garanta coesão social e sustentabilidade da dívida.

Por cá, os títulos do BCP, Galp Energia e Pharol são os que mais penalizam o comportamento da praça nacional. O BCP recua 1,48% para 8,63 cêntimos. O Negócios escreve esta sexta-feira que o BCP ganha quase 19 mil accionistas com a operação de troca de dívida. O banco vai aumentar o capital em 404 milhões de euros perante a forte aceitação da oferta. Os detentores de dívida passam a ser accionistas, elevando para quase 200 mil o total de investidores.

Já o BPI cede 0,29% para 1,386 euros. Hoje o Negócios adianta que Isabel dos Santos é contra um novo adiamento da votação sobre o fim do limite de votos no BPI e promete actuar caso haja uma decisão nesse sentido na assembleia-geral (AG) do banco prevista para a próxima quarta-feira, 17 de Junho.

O Banif segue inalterado nos 0,0069 euros.

Na energia, a Galp Energia desce 1,20% para 11,115 euros, isto depois de ontem ter subido mais de 6%. Ainda neste sector, a EDP desce 0,73% para 3,403 euros e a EDP Renováveis recua 1,10% para 6,498 euros. A REN perde 1,12% para 2,551 euros.

A Pharol cai 5,67% para 38,3 cêntimos, o valor mais baixo de sempre. O Negócios falou com alguns analistas que consideram que as perdas que a cotada tem registado se devem à mudança de denominação.

A Nos desce 0,85% para 6,74 euros.

No retalho, a Jerónimo Martins cede 0,36% para 12,295 euros e a Sonae cai 1,83% para 1,178 euros.

No papel, a Semapa desce 1,36% para 12,735 euros, a Portucel perde 1,46% para 3,575 euros e a Altri desvaloriza 2,11% para 3,564 euros.

A única empresa em terreno positivo é a Teixeira Duarte, que soma 0,50% para 60,8 cêntimos. A Mota-Engil desce 2,80% para 2,294 euros.