A operação de troca de dívida subordinada por acções do BCP permitiu ao banco reforçar o seu rácio de capital em 88 pontos base, elevando o rácio para 10,78%. A instituição liderada por Nuno Amado vai aumentar o capital em 404 milhões de euros, um valor que supera as estimativas do próprio banco para a operação.

Mais de 75% dos investidores que detinham títulos de dívida do BCP aceitaram trocá-los por acções, uma operação que permitiu ao banco reforçar o seu capital para 4.094 milhões de euros, passando a ser representado por mais de 59 mil milhões de acções.

Este aumento de capital tem um impacto de 88 pontos base no rácio de capital da instituição, segundo Miguel Bragança, vice-presidente e administrador financeiro do BCP, na apresentação de resultados da operação.

O BCP terminou os primeiros três meses do ano com um rácio de capital calculado de acordo com as regras de implementação total de Basileia III de 9,9%. Pelo que, o rácio deverá aumentar para 10,78%.

Para o CFO do banco, a operação correu "muito bem", destacando que "o grosso dos investidores aceitou trocar", estando o grau de aceitação entre os clientes de retalho próximo de 80%.

"O momento de mercado é um momento complexo, devido à Grécia, e foi possível executar esta operação mesmo num momento complexo", concluiu Miguel Bragança.

As novas acções do BCP chegam ao mercado a 16 de Junho.

Se aceitou a oferta de troca do BCP saiba aqui com quantas acções vai ficar.