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Pharol negoceia pela primeira vez abaixo de 40 cêntimos

Nas últimas nove sessões as acções da empresa desvalorizaram 22%. Hoje negoceiam num novo mínimo histórico abaixo de 40 cêntimos.

Pedro Elias/Negócios
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A Pharol está em queda há nove sessões consecutivas. Desde o dia 2 de Junho, a empresa liderada por Luís Palha da Silva já perdeu mais de 22% e já renovou sucessivos mínimos históricos tanto do valor das acções como da capitalização bolsistas. A empresa, que já foi uma das mais valiosas da bolsa nacional com um valor de mercado superior a 1.000 milhões de euros, vale hoje 358,6 milhões de euros. As acções tocaram esta manhã no valor mais baixo de sempre: 39,5 cêntimos, e perdem, nesta altura, perto de 3%.

As acções acumulam desde o início do ano uma desvalorização de 53,7%. Em 2014 a cotada afundou 72,66%, devido sobretudo ao facto de a Rioforte não ter reembolsado o investimento de 900 milhões de euros que a PT efectuou em títulos de dívida desta empresa do Grupo Espírito Santo. Foi precisamente devido ao "default" da Rioforte que a PT SGPS baixou da fasquia dos 1.000 milhões de euros em bolsa.

A cotada, desde o final de Maio liderada por Palha da Silva, caminha agora para o sexto ano consecutivo de perdas, sendo que a valorização de 40,36% registada em 2009 foi a última subida anual.

O novo nome justifica a queda? Parece que sim

"O factor principal [para o recuo das acções] terá sido mesmo a alteração da denominação da empresa de 'PT' para 'Pharol'", defende Paulo Rosa. Para o 'trader' da GoBulling, "muitos investidores, provavelmente, só se aperceberam agora que a empresa, de Portugal, só tinha o nome. E as fortes vendas surgiram".

Uma posição partilhada por Pedro Lino. "Com a alteração de nome, muitos investidores tomaram consciência que a Portugal Telecom não faz parte da empresa que estava cotada em bolsa", diz o administrador da Dif Broker.

"O facto de a Pharol ter apenas activos que estão fora de Portugal ou em dificuldade de recuperação, não augura um futuro de crescimento, levando muitos investidores a saírem do capital da empresa", diz Pedro Lino.

 

A Pharol é composta por uma participação de cerca de 27,4% na Oi e pela opção de compra de mais acções da brasileira, condicionada à recuperação dos 900 milhões de euros de dívida da Rioforte.

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