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Já arrancou a OPA à Glintt por 0,241 euros e estende-se até dia 20

A oferta que a Farminveste 3, controlada pela Associação Nacional de Farmácias, lançou sobre a Glintt, da qual já é a maior accionista, começou esta terça-feira. A compradora quer manter a estratégia actual mas anuncia que pode vir a ser necessária uma reestruturação.

03 de Novembro de 2015 às 14:14
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A oferta pública de aquisição à Glintt já avançou. Foi pelas 8h30 desta terça-feira, 3 de Novembro, que se iniciou a operação através da qual a sua maior accionista, a Farminveste 3 – Gestão de Participações (que é, por sua vez, controlada pela Associação Nacional de Farmácias), pretende ficar com todo o capital.

 

"A oferta irá iniciar-se às 8:30 horas do dia 3 de Novembro de 2015 e decorrerá até às 15:00 horas do dia 20 de Novembro de 2015, podendo as respectivas ordens de venda ser recebidas até ao termo deste período", aponta o comunicado publicado segunda-feira na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que adianta, como ocorre neste tipo de operações, que o prazo pode ser estendido por decisão do regulador, por exemplo, na eventualidade de haver uma oferta concorrente.

 

Os resultados desta operação, na qual a oferente paga 0,241 euros por cada título da Glintt aos restantes accionistas, serão revelados na segunda-feira 23 de Novembro. Os titulares de acções que, depois de aceitarem a oferta, pretendam voltar atrás na sua decisão podem fazê-lo até às 15h de 16 de Novembro.

 

A oferta, anunciada a 15 de Setembro, é lançada pela Farminveste 3, que já tem 49,73% do capital da Glintt. Segundo o documento divulgado à CMVM, a empresa já dispõe de uma garantia bancária de 10,5 milhões de euros, "prestada pelo BCP". Este é o valor máximo que a empresa pode gastar caso todos os restantes accionistas aceitem vender os respectivos títulos no âmbito da operação. 

 

A oferta tem dado gás aos títulos da Glintt. A contrapartida oferecida é de 0,241 euros sendo que, um dia antes do anúncio oficial, o preço da cotada era de 0,181 euros por acção. Desde aí, tem havido uma subida da cotação. Esta terça-feira, as acções somam 4,89% para 0,236 euros, ainda que se mantenham abaixo do preço pago pela gestora de participações controlada pela Associação Nacional de Farmácias. A actual administração (com elementos que têm ligações ao oferente) considera que a contrapartida oferecida é "aceitável", uma opinião partilhada pelos analistas consultados pelo Negócios aquando do anúncio preliminar da operação.

 

Retirar de bolsa

O objectivo da Farminveste 3 é retirar a Glintt de bolsa. Conseguindo cumprir os requisitos mínimos (90% do capital social e 90% do capital visado na oferta), a empresa vai avançar com o mecanismo de aquisição potestativa (venda obrigatória por parte dos accionistas), o que poderá ditar a sua retirada de bolsa. 

 

Caso não consiga 90% do capital na OPA, a empresa vai convocar uma assembleia-geral em que vai pedir a perda de qualidade de sociedade aberta, com o intuito de retirar a empresa de bolsa.

Pode acontecer reestruturação

Já a estratégia da Glintt é para manter. "A oferente tenciona manter as grandes linhas estratégicas definidas pelo conselho de administração da sociedade visada, nomeadamente a implementação das medidas de reestruturação da sua organização corporativa e áreas de negócio, nos termos comunicados pela sociedade visada ao mercado no passado dia 3 de Fevereiro de 2015, incluindo as transacções em curso anunciadas ao mercado pela sociedade visada no dia 22 de Setembro de 2015". A tecnológica anunciou, neste último dia, a venda de três subsidiárias por 7 milhões de euros.

 

Concluída a OPA, e dependendo do grau de sucesso, a empresa liderada por Nuno Vieira Lopes (vice-presidente da Associação Nacional de Farmácias) pode ser alvo de uma nova reestruturação. "Em função do reforço da sua participação no capital social da sociedade visada que vier a resultar da concretização da oferta, a oferente poderá vir a decidir implementar um conjunto de medidas de reestruturação adicionais com o objectivo de potenciar as sinergias existentes entre a oferente e sociedade visada".

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