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Farminveste só consegue ficar com 73% do capital na OPA à Glintt

O resultado da oferta pública de aquisição não é suficiente para permitir que a empresa avance com a aquisição potestativa das acções da tecnológica. Nem permite pedir a perda de qualidade da sociedade. A Glintt mantém-se em bolsa.

23 de Novembro de 2015 às 16:53
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A Farminveste queria comprar a totalidade do capital da Glintt, mas não conseguiu. Na oferta pública de aquisição (OPA) que terminou no final da semana passada, a empresa detida pela Associação Nacional de Farmácias apenas conseguiu atrair 23% dos títulos. Ficou com 73% do capital, insuficiente para retirar a tecnológica da bolsa de Lisboa.


O total adquirido pela Farminveste durante o prazo da oferta ascendeu a 5,89 milhões de títulos. A estes juntam-se mais 14,34 milhões comprados "durante o prazo da oferta através do serviço de centralização de bolsa", refere o comunicado enviado ao regulador do mercado nacional, a CMVM.


Com estas acções, a Farminveste conseguiu comprar 23,27% do capital, posição que representa um investimento de 3,45 milhões de euros (a contrapartida oferecida era de 0,241 euros por acção). Esta participação junta-se aos pouco mais de 50% do capital da tecnológica que a empresa da ANF já detinha, o que fica aquém do que era vista como meta: retirar a empresa do mercado.


Ou seja, a Farminveste ficou apenas com 73% do capital da empresa (ficaram por adquirir 23.478.685 de títulos), o que não lhe permite "exercer a aquisição potestativa" (atingindo 90% dos direitos de voto do capital social e 90% dos direitos de voto abrangidos pela oferta), nem permitirá "promover uma assembleia geral para deliberar sobre a perda de qualidade de sociedade aberta".


Administração a favor

O resultado desta OPA revela que os detentores do capital da Glintt não concordaram com a visão da administração da empresa de que a contrapartida apresentada pela Farminveste era "aceitável", acrescentando que as perspectivas de uma valorização dos títulos "parece ser limitada a curto prazo". Os títulos da Glintt encerraram a sessão a cair 8,71% para 22 cêntimos, tendo chegado a perder um máximo de 18,67%.


Além da administração, também os analistas consideravam que o "o preço é justo, não só dados os múltiplos a que as restantes empresas do sector nacional negoceiam actualmente, mas também dadas as perspectivas que temos em relação ao futuro da Glintt", dizia a equipa de "research" do BiG. E alertavam para o risco de os investidores ficarem presos numa empresa com ainda menos liquidez.


(Notícia actualizada às 17:03 com mais informação sobre o resultado da OPA)

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