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Glintt diz que contrapartida da OPA da Farminveste é "aceitável"

Os administradores da Glintt consideram que o preço oferecido pela Farminveste pelas acções da tecnológica é "aceitável", antecipando que as perspectivas de uma valorização dos títulos "parece ser limitada a curto prazo".

13 de Outubro de 2015 às 12:52
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A Glintt considera que a contrapartida de 24,1 cêntimos oferecida pela Farminveste é "aceitável", acrescentando que a oferta pública de aquisição (OPA) proporciona liquidez aos accionistas, num momento em que o potencial de subida das acções no mercado a médio prazo "parece ser limitado".

"O Conselho de Administração, após análise da contrapartida da oferta e conjugando os diversos factores referidos anteriormente, é da opinião que a contrapartida é aceitável uma vez que, por um lado, reflecte um prémio relevante face às cotações recentes e aos múltiplos das congéneres, proporcionando liquidez a accionistas com intenções de vender no curto prazo", adiantou a Glintt num relatório divulgado à CMVM, onde analisa as condições da OPA lançada sobre a empresa em meados de Setembro.

A Farminveste 3 Gestão de Participações oferece 0,241 euros por cada acção da Glintt, da qual já detém 49,73%. Se passar os 90%, a tecnológica poderá sair de bolsa.

A empresa oferente, dominada pela Farminveste – Investimentos, Participações e Gestão, pela Farminveste SGPS e pela Associação Nacional de Farmácias (ANF), que detém 43.247.620 acções da tecnológica propõe pagar uma contrapartida, "a pagar em numerário", de 0,241 euros por cada título. O que significa que a Farminveste poderá ter de desembolsar, se todos os restantes accionistas aceitarem vender, cerca de 10,5 milhões de euros para ficar com a totalidade da empresa. 

A Glintt realça que o preço oferecido representa um prémio de 15% face à média dos seis meses anteriores ao lançamento da OPA e de 8,1% face aos 12 meses anteriores, destacando ainda que entre 9 de Abril e a data de divulgação do anúncio preliminar a acção "nunca atingiu a contrapartida da oferta".

"As perspectivas de uma valorização relevante do preço da acção na situação actual, e não obstante a bondade da estratégia seguida e face à informação disponível, parece ser limitada a médio prazo", rematam os membros da administração da Glintt no mesmo documento.

Além da empresa, também os analistas consideram que o preço oferecido pela Farminveste é "bastante razoável" e dizem que os accionistas deverão aceitar a oferta. Caso contrário, terão que enfrentar o risco de permanecer numa cotada com ainda menos liquidez.

Dependendo do grau de aceitação da OPA, a Farminveste 3 tem a intenção de retirar a Glintt de bolsa. A companhia informou que caso "venha a atingir ou ultrapassar" os "90% dos direitos de voto correspondentes ao capital social" da Glintt a "oferente reserva-se o direito de recorrer ao mecanismo de aquisição potestativa", "o que implicará a imediata exclusão de negociação" dos títulos da tecnológica na Euronext Lisbon e deixando assim a empresa de ser uma sociedade de capitais abertos.

Estratégia alinhada

Em termos estratégicos, o Conselho de Administração da Glintt – cujos administradores que detêm acções da empresa pretendem aceitar a oferta – defende que "existe um alinhamento entre a estratégia que a oferente planeia seguir para a Glintt".

A tecnológica destaca ainda o ganho de sinergias comerciais com este negócio, bem como "uma maior capacidade de investimento e de desenvolvimento da empresa por via de um apoio na reestruturação e recapitalização da Glintt de modo a acentuar o crescimento do volume de negócios e da rentabilidade.

Apesar das sinergias que poderão ser criadas com a oferta, a tecnológica tranquiliza os colaboradores adiantando que a Farminveste "não perspectiva necessidades substanciais de modificação das condições de trabalho nem de relocalização de um número significativo de colaboradores.

As acções da Glintt seguem a desvalorizar 0,44% para 22,7 cêntimos por acção.

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