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Da OPV da ParaRede à OPA da Glintt
A Farminveste, controlada pela Associação Nacional de Farmácias, lançou uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre o capital que ainda não detém da Glintt. Conheça algumas datas da história da ex-ParaRede.
A Glintt foi alvo esta terça-feira, 15 de Setembro, de uma oferta pública de aquisição (OPA). A Farminveste 3 Gestão de Participações, a SGPS controlada pela Associação Nacional de Farmácias (ANF), oferece 0,241 euros por cada acção, procurando aumentar o peso actual que é de 49,73%. Se atingir ou ultrapassar os 90%, pode retirar a tecnológica da bolsa portuguesa, onde transacciona desde 1999. Recorde a história da ParaRede, agora Glintt, no mercado português.
1 de Julho de 1999: A ParaRede estreia-se na bolsa portuguesa, com um preço inicial de 15,36 euros por acção.
Janeiro de 2000: Entra no BVL 30, ocupando o lugar deixado vago pela Inparsa, extinta no decurso do processo de fusão com a Sonae.
10 de Fevereiro de 2000: As acções da ParaRede disparam mais de 50%, fixando um novo máximo histórico de 39,06 euros, na sessão em que a empresa lança o portal terraportugal.com. "Num dia em que o mercado está um pouco apático, a atenção dos investidores virou-se completamente para a ParaRede, que tem vindo a prosseguir uma trajectória ascendente impressionante ao longo de toda a sessão», explicou um dos operadores contactados pelo Negócios. Renova máximos na sessão seguinte.
6 de Março de 2000: Carlos Coelho de Campos, à altura presidente e accionista principal da ParaRede, anuncia a intenção de cotar a ParaRede numa bolsa internacional antes do final do ano de 2000 ou no início de 2001. "Estamos em condições para sair e ir cotar noutro mercado, o problema que se põe agora é se a opção vai ser o Nasdaq", referiu, em entrevista à Reuters.
10 de Março de 2000: O índice tecnológico Nasdaq atinge o valor mais elevado de sempre, em plena euforia das "dotcom". A partir daí, o índice começa a ceder e a "bolha" tecnológica estoira, levando o Nasdaq a afundar 78% nos dois anos seguintes.
25 de Maio de 2000: A ParaRede começa a negociar no PSI-20, em substituição da Mundial Confiança, com um peso de 0,58% no índice. Subia 264,5% no ano, sendo o título com o melhor comportamento dos índices de referência nacionais. Uma acção valia 27,16 euros.
28 de Abril de 2001: Joaquim Silva Correia assume a presidência da empresa, ocupando o cargo do fundador da ParaRede e até aí seu presidente Carlos Coelho de Campos.
24 de Maio de 2002: Após a Assembleia Geral, que determina a redução de capital social para cobrir prejuízos, o presidente executivo, Silva Correia, assegura que a "ParaRede é viável", rejeitando declarar falência da empresa.
2 de Agosto de 2003: Carlos Coelho de Campos, antigo presidente da ParaRede, deixa de ser accionista da empresa, após vender todas as acções que detinha na companhia que ajudou a fundar.
28 de Fevereiro de 2003: Paulo Ramos substitui Joaquim Silva Correia na liderança da ParaRede, concluindo o processo de reestruturação. É encerrada a actividade no Brasil, através da empresa EZTrade.
Janeiro de 2007: A ParaRede sai do PSI-20. Na revisão ordinária das cotadas que compõem o índice, a Portucel substituiu a ParaRede, no seguimento do aumento do "free float", após a última fase de privatização.
11 de Junho de 2008 – É aprovada a fusão da ParaRede com a Consiste e a alteração do nome para Glintt, em Assembleia Geral. Os accionistas aprovam também a eleição de novos órgãos sociais, um aumento de capital de 86,9 milhões de euros e a renominalização do valor nominal das acções, de 0,1 para 1 euros.
23 de Julho de 2008 – O processo de fusão da ParaRede com a Consiste fica concluído e a empresa passa a chamar-se Glintt – Global Intelligent Technologies. Costa Freire passa a ser o novo presidente da empresa.
8 de Agosto de 2008: As acções da Glint são renominalizadas. Cada conjunto de 10 acções é convertida numa só, com o valor de um euro.
1 de Janeiro de 2011: Para substituir Costa Freire, Manuel Mira Godinho assume a presidência da empresa.
1 de Junho de 2015: Mira Godinho é substituído por Nuno Vieira Lopes na presidência executiva.
15 de Setembro de 2015: A Farminveste lança uma OPA sobre a Glintt. A SGPS controlada pela Associação Nacional de Farmácias oferece 0,241 euros por cada acção da Glintt, da qual já detém 49,73%. Se passar os 90%, a tecnológica poderá sair de bolsa. As acções disparam 29% para 0,234 euros.