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Impasse nas negociações leva bolsa grega a afundar 6,5% e juros a dispararem

Depois de o FMI ter abandonado as negociações com Atenas, em Bruxelas, aumenta a pressão sobre o Governo grego para chegar a um acordo com os credores. O sector financeiro foi um dos mais castigados esta sexta-feira, com perdas superiores a 10%.

12 de Junho de 2015 às 15:45
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O principal índice da bolsa de Atenas encerrou a sessão desta sexta-feira, 12 de Junho, a desvalorizar 6,52%, numa altura em que crescem os receios dos investidores de que a Grécia não chegue a um acordo com os credores a tempo de cumprir as suas obrigações. Já no final deste mês, Atenas tem de pagar 1,6 mil milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

O sector financeiro foi um dos mais pressionados na sessão de hoje, com o índice que reúne os principais bancos do país – o FTSE/Athex Bank Index – a registar uma desvalorização de 11,8%. O National Bank of Greece recuou 11,02%, o Alpha Bank caiu 12,99%, o Piraeus Bank 13,47% e o Eurobank Ergasias, 10,27%.

Esta evolução acontece um dia depois de a bolsa de Atenas ter disparado quase 9%, depois de vários responsáveis europeus terem dado sinais de que poderia ser alcançado um acordo nos próximos dias, antes do Eurogrupo de 18 de Junho.

No entanto, depois do fecho do mercado, o optimismo sofreu uma reviravolta, quando o FMI anunciou que ia abandonar as negociações. Ao mesmo tempo, cresceu a pressão por parte dos parceiros europeus para que a Grécia aceite as condições que lhe são oferecidas em troca da última tranche de financiamento que permitirá a conclusão do programa de resgate.

A pressão também se reflecte no mercado de dívida, com os juros gregos a dispararem em todos os prazos. A 'yield' associada à dívida a dois sobe 95,9 pontos base para 25,623% enquanto os juros das obrigações a dez anos aumentam 35,9 pontos base para 11,592%.

O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, voltou a defender esta sexta-feira que a "bola está do lado da Grécia" e que o Executivo de Atenas tem de aceitar a necessidade de "tomar decisões difíceis". Caso contrário, sublinha Dijsselbloem, ficará "sozinho".
 
"Se o Governo grego não aceita o facto de que não existem soluções fáceis e que é preciso tomar decisões difíceis, então está sozinho. Não podemos ajudar a Grécia se a Grécia não se quer ajudar a si própria", afirmou o presidente do Eurogrupo, em entrevista ao jornal finlandês, Helsingin Sanomat.

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