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Governo anuncia privatização da REN a meio da sessão e acções acentuam queda

Títulos da gestora da rede eléctrica nacional chegaram a cair mais de 1%, depois de anunciada a segunda fase de privatização da REN. Posição estatal será alienada em bolsa e directamente a institucionais.

Miguel Baltazar/Negócios
17 de Abril de 2014 às 15:38
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Faltavam poucos minutos para as 15 horas quando o Governo anunciou, na conferência de imprensa após o conselho de ministros, que a participação estatal remanescente de 11% na REN será alienada em bolsa mas também, uma parte, vendida a institucionais, como é o caso dos bancos. O suficiente para que as acções, que perdiam ligeiramente o seu valor, intensificassem a quebra.

 

Os títulos da REN - Redes Energéticas Nacionais estavam, pouco antes das 15h, a negociar acima dos 2,85 euros. Uma ligeira quebra face ao fecho de ontem nos 2,859 euros. Após o anúncio do Governo, feito pelo ministro Marques Guedes, os títulos chegaram a tocar nos 2,815 euros, altura em que caíram 1,54%.

 

No fecho, as acções da empresa dirigida por Rui Vilar (na foto) desceram 0,66% para os 2,84 euros. A REN está avaliada, actualmente, em 1.516,6 milhões de euros.

 

Foram trocadas mais de 584 mil acções da REN, mais do dobro da média diária dos títulos da empresa (237 mil). Foi o volume mais significativo desde 21 de Março.

 

Em Março, o “Diário Económico” tinha avançado que o processo de reprivatização dos 11% da REN que ainda estão nas mãos do Estado (9,9% através da Parpública e 1,1% da CGD) estava já em marcha, com a escolha dos assessores do processo (CaixaBI, Perella e o escritório de advogados Campos Ferreira, Sá Carneiro & Associados). A venda de 11% do capital da REN estava já prevista no Orçamento do Estado.

 

Aliás, em 2012, quando o Estado vendeu a fatia de leão da sua participação, os 40% (25% aos chineses da State Grid e 15% à Oman Oil), a ideia de uma oferta pública de venda era anunciada. Nunca foi definido um calendário preciso, dado que era um processo que estava dependente de boas condições no mercado.

 

Em 2012, a State Grid pagou 2,90 euros por acção, gerando um encaixe total de 387,15 milhões de euros pela venda de 25% estatais. Já a Oman Oil, que ficou com 15%, pagou 2,56 euros por acção, num valor total de 205,06 milhões. Ao todo, a operação ficou avaliada em 592 milhões de euros.

 

 

(Notícia actualizada com mais informações às 15h45; actualizada às 18h10 com cotações de fecho; corrigida às 18h17 para colocar uma fotografia do actual CEO Rui Vilar)

 

 

 

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