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Bolsa nacional cai quase 1% penalizada sobretudo pelo BCP e Jerónimo Martins

O principal índice da bolsa de Lisboa está a aprofundar perdas, penalizado sobretudo pelos títulos do BCP e da Jerónimo Martins. Quatro empresas nacionais tocaram em mínimos nesta sessão. Entre as restantes praças europeias, o sentimento é maioritariamente de perdas.

Miguel Baltazar/Negócios
29 de Setembro de 2015 às 11:55
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A bolsa de Lisboa está a acentuar as perdas registadas no arranque da sessão. O PSI-20 desce 0,94% para 4.919,63 pontos, com 11 cotadas em queda, seis em alta e uma inalterada. Entre as restantes congéneres europeias, o sentimento é sobretudo de perdas. O principal índice grego lidera as quedas, ao recuar 2,36%, seguido do índice nacional. O Stoxx 600, índice de referência, perde 0,48%. A excepção a esta tendência negativa é o espanhol IBEX 35, que soma 0,55%.

Os receios em torno da economia mundial devido a um eventual abrandamento económico chinês e à incerteza relativamente a uma subida das taxas de juro por parte da Reserva Federal dos Estados Unidos está a impulsionar a volatilidade nos mercados bolsistas. "A grande incerteza macroeconómica liderada pela China, ainda que não exclusivamente, assustou realmente os investidores", disse à Bloomberg James Buckley, da Baring Asset Management, em Londres. "A Reserva Federal não se sente capaz de subir os juros já e há receios sobre se a Europa vai ser capaz de continuar com a sua recuperação gradual. Em breve vamos entrar na época de resultados que se foca mais [em termos] micro. Suspeito que tenhamos visto já o pior das vendas", acrescentou.

Na bolsa nacional, em destaque pela negativa estão os títulos do BCP e da Jerónimo Martins. As acções do banco liderado por Nuno Amado recuam 6,67% para 4,2 cêntimos, tendo já descido hoje 7,33% para 4,17 cêntimos – o valor mais baixo desde Dezembro de 2012. O BPI sobe 0,66% para 91,7 cêntimos e o Banif segue inalterado nos 0,38 cêntimos.


Esta segunda-feira, Espanha anunciou uma solução que retira incertezas sobre a compatibilidade do uso de activos por impostos diferidos com as regras europeias. Por outro lado, a Comissão Europeia anunciou que continua a analisar este regime em Portugal, Itália e Grécia. Ou seja, não se sabe se será necessário implementar alterações ao regime aprovado pelo Governo em Agosto passado e que melhorou os rácios de bancos portugueses como o BCP ou o BPI.

A Jerónimo Martins recua 4,07% para 11,085 euros. A concorrente Sonae soma 0,38% para 1,067 euros. Isto numa altura em que é conhecido que a parceria entre Isabel dos Santos e a Sonae para instalar o Continente em Angola acabou. A empresária vai lançar a marca Candando, liderada por um ex-quadro da Sonae, e com uma imagem inspirada nos ‘hiper’ de Paulo Azevedo.

A Nos desvaloriza 0,71% para 7,26 euros. A Pharol cai 1,87% para 26,2 cêntimos.

Na construção, a Mota-Engil recua 1,44% para 1,91 euros, o que corresponde ao valor negociado mais baixo desde Abril de 2013. O Negócios avança na edição desta terça-feira que a Mota-Engil tem à venda parcerias com Novo Banco. A construtora e o Novo Banco estão a vender a empresa de concessões Ascendi e a gestora de portos Tertir. A relação entre os dois parceiros, em que a construtora é um dos maiores devedores do banco, vai mudar.

Entretanto, numa nota de análise, o CaixaBI desceu o preço-alvo da empresa.

Ainda no sector da construção, a Teixeira Duarte perde 2,29% para 42,7 cêntimos. Durante esta sessão, a empresa desceu já aos 42,6 cêntimos, um mínimo também de Abril de 2013.

A Impresa, que por esta altura desvaloriza 2,71% para 61 cêntimos, já caiu 6,22% nesta sessão para os 58,8 cêntimos, um mínimo de Julho de 2013. Steven Santos, gestor do BiG, defende numa nota que esta desvalorização superior a 6% ocorre numa altura em que não existem "notícias concretas, embora a desvalorização possa estar a ser exagerada pela baixa liquidez do título".

Em terreno positivo estão os títulos do sector energético. A Galp Energia valoriza 0,31% para 8,529 euros. A EDP soma 0,66% para 3,18 euros e a EDP Renováveis sobe 2,04% para 5,85 euros. A REN cresce 0,61% para 2,66 euros.

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