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Bolsas asiáticas no vermelho, penalizadas pelos receios em torno da China

As principais praças asiáticas estiveram esta terça-feira a negociar em terreno negativo, pressionadas pelos receios dos investidores em torno da evolução da economia chinesa. O sentimento negativo alastrou-se à Europa.

Reuters
29 de Setembro de 2015 às 09:36
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As principais praças asiáticas estiveram esta terça-feira, 29 de Setembro, a negociar em terreno negativo. A evolução da economia chinesa, a segunda maior do mundo, continua a preocupar os investidores e a penalizar as acções mundiais.

No Japão, o Nikkei encerrou a desvalorizar 4,05% e o Topix recuou 4,39%. Na China, o Shanghai Composite Index desvalorizou 2,02%. E na Europa, o início da sessão ocorreu com quedas em torno de 1%.

Os dados económicos divulgados recentemente têm vindo a adensar os receios do mercado em torno da economia global. Ainda esta segunda-feira, 28 de Setembro, foi conhecido que os lucros da indústria chinesa caíram 8,8% em Agosto, comparando com o mesmo período de 2014, sendo que a maior queda ocorreu na produção de carvão e metais. Esta queda é a maior desde Outubro de 2011, data em que Pequim começou a divulgar estes dados.

Toshihiko Matsuno, da japonesa SMBC Friend Securities, em declarações à Bloomberg, sustenta que "o abrandamento da China está a alastrar-se a outras economias asiáticas, ao Brasil e à Austrália e a fragilidade nos países emergentes pode ter ecos na economia mundial". "Ainda não sabemos quando os receios do mercado em relação ao abrandamento económico chinês vão terminar e por causa disso os investidores estão a voltar-se para activos mais seguros", acrescentou.

Steven Leung, director da UOB Kay Hian em Hong Kong, à Reuters, sustentou que "os investidores estão preocupados com a forte desaceleração da China", mas "o maior risco é o de uma recessão global, não apenas uma questão chinesa". "Se olharmos para o Japão, a economia está em mau estado. E a situação económica também não é boa na Europa", acrescentou.

Já Martin King, Tyton Capital Advisors, também em declarações à Reuters, referiu que "os lucros da indústria na China foram desapontantes e continuam a impulsionar os receios em relação ao crescimento e muitos investidores estão a retirar proveitos do Nikkei".

O sector das matérias-primas tem sido um dos mais pressionados devido a estes receios, pois a possibilidade de um abrandamento económico global está  a levar os investidores a temerem uma desaceleração da procura por estes materiais.  

A produtora de carvão China Shenhua Energy desvaloriza 5,61% na bolsa de Hong Kong, para 11,44 dólares de Hong Kong. A também chinesa Sinopec desce 3,41% para 2,83 dólares de Hong Kong.

No Japão, a empresa de transportes marítimos Mitsui OSK caiu 7,40% para 288,0 ienes depois da Daiichi Chuo, empresa da qual é a principal accionista, ter pedido protecção contra credores às autoridades nipónicas. A fabricante de aço japonesa Kobe Steel tombou 11,11% para 128 ienes depois de reduzir as suas previsões anuais de lucros em cerca de metade devido a um abrandamento das vendas da matéria-prima no mercado chinês.

Em destaque ainda neste sector mas na Europa está Glencore. A empresa produtora de matérias-primas, que ontem encerrou a perder 29,42% depois de ter divulgado que planeia vender activos e acções para reduzir a sua dívida de 30 mil milhões de dólares (26,8 mil milhões de euros) em cerca de um terço, está esta terça-feira a recuperar em parte as perdas registadas na última sessão. Por esta altura, na bolsa londrina, a empresa soma 8,64% para 74,55 pences, depois ter já avançado 9,73% para 75,30 pences.

 

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