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Japão pode atrair 500 mil novos japoneses para a bolsa com a OPV dos Correios

O Governo japonês deverá conseguir concretizar com sucesso a privatização dos Correios. A procura para as acções que antecede a estreia em bolsa já ultrapassou a oferta, indica a Bloomberg. A maior parte são investidores privados.

14 de Outubro de 2015 às 11:55
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O interesse na oferta pública de venda (OPV) dos Correios do Japão, que está prevista para 4 de Novembro, já superou a oferta, na fase de recolha de propostas que antecede a estreia em bolsa (bookbuilding), de acordo com fontes citadas pela Bloomberg. A maior parte dos interessados são investidores particulares japoneses, com o Governo a admitir que possa atrair 500 mil novos accionistas.

Em dois dias, as ordens de investidores para comprar acções dos Correios nas três estreias em bolsa previstas, que incluem a Japan Post Holding, o banco e a unidade de seguros, excedeu a oferta existente, revela a Bloomberg, citando fontes próximas da operação. A procura na primeira semana já ultrapassa em cinco vezes a oferta, de acordo com as corretoras que estão a realizar as reservas, consultadas pelo Financial Times. A adesão é ainda mais surpreendente tendo em conta a recente volatilidade das bolsas asiáticas, destacam os analistas ouvidos pelo jornal.

A confirmar-se este sucesso, de acordo com o intervalo de preços indicado para as acções, o Governo japonês conseguirá encaixar 1,44 biliões de ienes (10,6 mil milhões de euros), apenas com a privatização dos Correios, em preparação há mais de uma década, que seria a maior no país desde 1987. A unidade de seguros, para a qual o Governo não avançou ainda um preço para as acções, está a atrair uma procura ainda maior, refere a agência noticiosa.

Particulares dominam procura

A forte procura vem principalmente de investidores de retalho, indica a Bloomberg. O que vai de encontro ao plano do Governo para incentivar os cidadãos a investir as suas poupanças. Segundo o Financial Times, o primeiro-ministro Shinzo Abe vê nesta estreia uma oportunidade para atrair 500 mil novos japoneses para a bolsa. 90% das acções destinadas a compradores nacionais (apenas 20% podem ser adquiridas por estrangeiros) terão sido reservadas por particulares, acrescenta o Finacial Times.

"Preocupa-me um pouco que as acções possam cair e que a empresa possa ter um mau desempenho, mas estou a apostar na rede, fiabilidade e estabilidade dos Correios do Japão", disse Tomeo Kawasaki, um reformado que pretende comprar 200 acções, à Bloomberg.

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