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Bolsa nacional cai mais de 1% e aproxima-se da maior queda semanal desde Junho
O mercado português negoceia em terreno negativo pela quarta vez em cinco sessões e acumula, para já, uma desvalorização semanal superior a 3%. BES e Galp Energia são as cotadas que mais penalizam o PSI-20, num dia em os juros da dívida portuguesa sobem em todas as maturidades.
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O principal índice do mercado português cai 1,37% para os 5.819,62 pontos, com 14 cotadas em queda, quatro em alta e duas inalteradas.
A bolsa nacional caiu em quatro das últimas cinco sessões, acumulando, até agora, uma desvalorização semanal de 3,13%. Esta é a maior queda desde a semana terminada a 21 de Junho de 2013, altura em que o PSI-20 perdeu 5,51%.
A queda da bolsa nacional ocorre num dia em que os juros da dívida portuguesa sobem em todas as maturidades em reacção ao chumbo do Tribunal Constitucional à Lei da Requalificação. O tribunal considerou que a lei viola a garantia da segurança do emprego, o princípio da proporcionalidade e o princípio da tutela da confiança.
Na praça de Lisboa, as maiores quedas registam-se no sector bancário - à excepção do Banif que valoriza 9,09%. O Banco Espírito Santo perde 3,67% para os 81,3 cêntimos, o BPI recua 3,41% para os 93,6 cêntimos e o BCP cai 2,02% para os 9,7 cêntimos. Os três bancos registam, até agora, as maiores quedas semanais.
A cair mais de 1% estão também as acções da EDP e da Galp Energia. A eléctrica liderada por António Mexia perde 1,33% para os 2,669 euros e a petrolífera recua 1,81% para os 12,765 euros.
No sector das telecomunicações apenas a Portugal Telecom negoceia em terreno positivo. A operadora ganha 0,18% para os 2,855 euros, enquanto a Zon e a Sonaecom recuam 0,45% e 0,28%, respectivamente.
Após apresentar os resultados semestrais, a Mota-Engil ganha 0,59% para os 2,746 euros. Os lucros da construtora cresceram 13,2% para 20,7 milhões de euros no primeiro semestre de 2013. A empresa anunciou esta quinta-feira, após o fecho do mercado, que ganhou um contrato de concessão para a construção, operação, conservação e manutenção da Autopista Rio de los Remedios, na Cidade do México.
A concessão, por um prazo de 27 anos, tem uma extensão de 14,5 quilómetros e envolve um investimento total de 347 milhões de euros, sendo que implica um contrato de construção de 260 milhões de euros.