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Lucros da Mota-Engil crescem para quase 21 milhões de euros no semestre
A construtora portuguesa que apostou numa estratégia de internacionalização para aumentar as vendas e viu os lucros superarem as estimativas de crescimento. Presença na África e América Latina permitiu aumentar vendas em 7%. “Foi o melhor semestre de sempre do grupo”, salienta o presidente da Mota-Engil.
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O resultado líquido da Mota-Engil saldou-se em 20,7 milhões de euros, registando um crescimento de 13,2% face ao período homólogo, segundo comunicado da empresa publicado junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O resultado compara com uma estimativa de 18 milhões de euros no período, segundo o Caixa BI. O banco apontava para um crescimento das vendas para 1.086 milhões, amplamente em linha com o se verificou.
“Foi o melhor semestre de sempre do grupo”, afirmou o presidente executivo da construtora durante a conferência de imprensa.
O crescimento dos lucros reflecte o aumento das vendas e diminuição de parte da estrutura de custos. As vendas da construtora aumentaram 7,3% para 1,040 mil milhões de euros, com o crescimento das receitas obtidas no continente africano na região da América Latina a compensaram a quebra das vendas na Europa.
A empresa adianta que a actividade de internacional já representa 70% do total. “Somos cada vez mais uma multinacional e cada vez menos um grupo nacional”, afirmou Gonçalo Moura Martins, presidente executivo da Mota-Engil, durante a conferência de imprensa de apresentação de resultados.
As vendas obtidas na Europa durante o primeiro semestre caíram de 581 milhões de euros, no primeiro semestre de 2012, para 444 milhões. Já em África a evolução deu-se em sentido contrário, com as vendas a crescerem de 319 para 433 milhões de euros, assim como na América Latina, onde cresceram de 128 para 189 milhões.
O desempenho operacional da empresa também apresentou melhorias, com o resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) a crescer 30% para 161,7 milhões de euros. O montante de projectos contratados à empresa mas que ainda não estão em construção (obras em carteira) ascende a 3,6 milhões de euros, sendo que 80% deste valor é relativo a projectos de construção no estrangeiro.
“Estamos a resistir à crise e a conseguir vencê-la”, adiantou Gonçalo Moura Martins.