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Bolsa cai mais de 1% penalizada pelas perdas da EDP e da Jerónimo Martins

O principal índice nacional está aprofundar as perdas, recuando mais de 1%, pressionado sobretudo pelos títulos da EDP e da Jerónimo Martins. No resto da Europa, o sentimento é também de perdas.

Investidores reagem com alguma apreensão ao resultados das eleições na Grécia no início da sessão
Reuters
04 de Fevereiro de 2015 às 11:22
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A bolsa portuguesa está a aprofundar as perdas registadas no arranque da sessão. O PSI-20 desce 1,12% para 5.245,52 pontos, com 12 empresas a negociarem em terreno negativo, quatro em alta e duas inalteradas. No resto da Europa, o sentimento é igualmente de perdas. A praça grega é a que mais desce, recuando perto de 1,50%, seguida da praça lisboeta.

 

A marcar o dia nos mercados continua a situação política e económica da Grécia. Yanis Varoufakis tem encontros marcados com o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi (hoje), e o ministro das Finanças alemão Wolfgang Schäuble (amanhã). O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, está em Bruxelas para uma reunião com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.

 

Entretanto, o ministro das Finanças grego, que vai reunir-se com o ministro das Finanças alemão, leva na sua pasta para Berlim várias garantias, e também recados, para Wolfgang Schäuble e a Alemanha. "Vou tentar ser tão charmoso como puder em Berlim. Vou dizer ao senhor Schäuble que podemos ser um partido de esquerda, mas ele pode contar com o Syriza para limpar os cartéis e oligarquias da Grécia e para avançar com as reformas profundas do Estado grego que os governos antes de nós recusaram fazer", disse Yannis Varoufakis esta quarta-feira, 4 de Fevereiro, em entrevista ao jornal britânico Telegraph.

 

Por cá, a penalizar o principal índice da praça nacional estão os títulos da EDP. A eléctrica recua 2,22% para 3,31 euros, isto apesar do BESI ter subido o preço-alvo da empresa liderada por António Mexia, de 3,35 para 3,60 euros. Porém, na nota de análise a que o Negócios teve acesso, os analistas deste banco decidiram descer a recomendação da Energias de Portugal de "comprar" para "neutral", devido ao "desempenho significativamente inferior" da empresa liderada por António Mexia face às restantes "utilities" europeias desde Janeiro de 2014.

 

Além disso, "a sua rentabilidade está sob pressão na Península Ibérica [preços de electricidade mais baixos], a procura doméstica de electricidade está abaixo das expectativas e existe o risco regulatório [a nova estrutura regulatória para a distribuição de electricidade em Portugal], além de não vermos qualquer sustentação da parte do Brasil", refere a nota de análise do BESI.

 

Ainda nesta nota, e no que diz respeito à EDP Renováveis, a recomendação manteve-se em "comprar" e o "target" foi revisto em alta, de 6,3 para 6,8 euros por acção. A justificar este aumento do "target" está o facto de a EDP Renováveis ser actualmente o melhor activo da EDP, refere o "research". A empresa liderada por Manso Neto poderá também beneficiar, na opinião dos analistas, de uma entrada bem-sucedida em bolsa por parte da Saeta Yield – uma nova empresa que agrupará todos os activos de energia limpa da espanhola ACS e que conta também com parques eólicos em Portugal -, uma vez que Espanha é a sua segunda melhor região geográfica em termos de capacidade operacional.

 

Por esta altura, as acções da empresa liderada por Manso Neto descem 1,49% para 5,828 euros. A Galp Energia cede 0,89% para 10,06 euros. Esta terça-feira, 3 de Fevereiro, foi revelado que a petrolífera foi alvo de coima de nove milhões pela Autoridade da Concorrência.

 

A REN desce 0,97% para 2,565 euros.

 

A pressionar a praça nacional estão também os títulos da Jerónimo Martins. A retalhista desce 1,32% para 10,085 euros. Ainda neste sector, a Sonae recua 1,32% para 1,196 euros.

 

A Mota-Engil desce 2,06% para 2,997 euros, corrigindo assim da forte valorização – superior a 10% - registada na sessão desta terça-feira. Na construção, a Teixeira Duarte segue inalterada nos 72,6 cêntimos.

 

Na banca, não se verifica uma tendência definida. O BPI soma 1,91% para 90,6 cêntimos. O BCP desce 0,93% para 6,38 cêntimos e o Banif segue inalterado nos 0,59 cêntimos.

 

A PT SGPS soma 1,16% para 69,5 cêntimos, depois da Morgan Stanley ter reforçado no capital da companhia para mais de 3% . A Nos desce 0,85% para 5,48 euros.

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