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BESI sobe avaliação das acções da EDP e EDP Renováveis

A equipa de "research" do BESI cortou a recomendação da EDP e manteve a da EDP Renováveis. Já o preço-alvo foi revisto em alta para ambas as empresas, com o BESI a mostrar confiança no crescimento da empresa de energias renováveis.

04 de Fevereiro de 2015 às 08:18
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O Banco Espírito Santo de Investimento (BESI) desceu a recomendação da Energias de Portugal de "comprar" para "neutral", devido ao "desempenho significativamente inferior" da empresa liderada por António Mexia face às restantes "utilities" europeias desde Janeiro de 2014.

 

Além disso, "a sua rentabilidade está sob pressão na Península Ibérica [preços de electricidade mais baixos], a procura doméstica de electricidade está abaixo das expectativas e existe o risco regulatório [a nova estrutura regulatória para a distribuição de electricidade em Portugal], além de não vermos qualquer sustentação da parte do Brasil", refere a nota de análise do BESI.

 

Apesar disso, o BESI reviu em alta o preço-alvo da EDP, de 3,35 para 3,60 euros, o que lhe confere um potencial de valorização de 6,35% face ao fecho na sessão de terça-feira (3,385 euros).

 

Com efeito, salienta o "research", "se bem que estamos menos positivos em relação à EDP, estamos convictos de que as actuais perspectivas de um longo período de baixas taxas de juro tornam a política de distribuição de dividendos da EDP atractiva".

 

"Segundo as nossas estimativas, a EDP irá honrar o seu compromisso de distribuir um dividendo bruto mínimo de 0,185 euros por acção em 2015", acrescenta a nota de análise.

 

Relativamente à subsidiária da EDP para as energias renováveis, o BESI sublinha que esta continua a ser a sua favorita. A recomendação manteve-se em "comprar" e o "target" foi revisto em alta, de 6,3 para 6,8 euros por acção. Atendendo ao fecho de terça-feira, nos 5,916 euros, o novo preço-alvo confere à EDP Renováveis um potencial de subida de 14,9%.

 

A justificar este aumento do "target" está o facto de a EDPR ser actualmente o melhor activo da EDP, refere o "research". A empresa liderada por Manso Neto poderá também beneficiar, na opinião dos analistas, de uma entrada bem sucedida em bolsa por parte da Saeta Yield – uma nova empresa que agrupará todos os activos de energia limpa da espanhola ACS e que conta também com parques eólicos em Portugak -, uma vez que Espanha é a sua segunda melhor região geográfica em termos de capacidade operacional.

 

"Acreditamos que, depois de já ter assegurado um crescimento nos EUA, e atendendo à diversificação geográfica da EDPR, a empresa não terá problemas em encontrar novas oportunidades de crescimento. Em nosso entender, a Europa poderá ter um papel importante, no futuro próximo, uma vez que há inúmeros países europeus que precisam de acrescentar mais capacidade nas energias renováveis para cumprirem a sua meta de 20% de energias limpas em 2020", refere ainda a nota de análise.

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