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BES afunda mais de 50% com investidores a descontarem aumento de capital

Os títulos do BES regressaram à negociação depois de, esta manhã, a CMVM ter decretado a sua suspensão até às 10h00. Os títulos registam a maior queda de sempre, tendo chegado a perder mais de 50%. As acções estão num novo mínimo histórico.

31 de Julho de 2014 às 10:36
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As acções do BES deviam ter começado a negociar a partir das 10h00 mas o elevado diferencial entre a cotação de fecho e o preço teórico resultante das ordens no sistema colocou as acções em leilão. A negociação arrancou às 10h15 com uma queda de 41,5%. A tendência já se acentuou com os títulos a afundarem mais de 50% e as acções a negociarem num novo mínimo histórico com o mercado a descontar o aumento de capital.

 

Antes da abertura do mercado nacional a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) emitiu um comunicado em que decretava a suspensão dos títulos até as 10 horas. Esta deliberação surge depois de esta quarta-feira, ao início da noite, o banco ter apresentado os seus resultados semestrais. No primeiro semestre, a instituição registou prejuízos históricos de 3,57 mil milhões de euros. O banco, em comunicado, apontou que este valor se deve a factores extraordinários. Só em imparidades, o BES contabilizou 4,3 mil milhões.

 

Levantada a suspensão da negociação, os títulos não arrancaram de imediato. Entraram em leilão já que o valor das ordens no sistema implicava um diferencial de mais de 10% face ao preço de fecho dos títulos na última sessão; 34,7 cêntimos. Iniciaram a sessão a perder 41,5%, mas já chegaram a perder um máximo de 51,01% para um novo mínimo histórico de 17 cêntimos.

 

"Os investidores estão a reflectir na cotação a forte diluição resultante do aumento de capital que o banco terá de fazer", diz Albino Oliveira, analista da Fincor. O Negócios revela na edição desta quinta-feira que o banco vai ter de realizar um aumento de capital entre 1.500 e 3.000 milhões de euros para acomodar o impacto do colapso do Grupo Espírito Santo e de outras alegadas irregularidades cometidas sob a gestão de Ricardo Salgado.

 

O BES, que na última sessão encerrou em mínimo histórico, estava avaliado em praticamente 2.000 milhões de euros. Com a forte queda registada no arranque desta sessão, desapareceram quase mil milhões, deixando o banco liderado por Vítor Bento com uma capitalização bolsista de outros mil milhões perante o novo mínimo dos títulos. Com esta queda, o BES está a levar a bolsa nacional a perder mais de 4% para mínimo de Outubro.

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