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CMVM suspende negociação das acções do BES até às 10h00

O regulador anunciou esta quinta-feira que a negociação em bolsa dos títulos do BES estará suspensa até às 10h00. O regulador pretende assim dar tempo para que os investidores analisem os últimos dados relativos ao banco liderado por Vítor Bento.

Bruno Simão/Negócios
31 de Julho de 2014 às 08:10
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A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) divulgou, esta quinta-feira, uma nota na qual comunica que a negociação bolsistas das acções do BES estará suspensa até às 10h00 da manhã por forma a que os investidores possam analisar os "comunicados divulgados ao mercado sobre a sociedade emitente".

 

Recorde-se que esta quarta-feira o regulador já havia impedido que os investidores apostassem na desvalorização das acções do BES, numa decisão que também inclui os títulos da Jerónimo Martins.

 

A entidade liderada por Carlos Tavares justificou o impedimento da prática de "short selling" com as acções do BES da seguinte forma: "A flutuação do preço das acções em causa não pode excluir a ocorrência de um fenómeno de especulação com impacto negativo".

 

Ao início da noite desta quinta-feira foram conhecidos os resultados semestrais do banco agora liderado por Vítor Bento. Acabou por não se confirmar a expectativa mais recente que apontava para prejuízos em torno dos 2,1 mil milhões de euros. O prejuízo registado foi bem maior, atingindo uns historicamente elevados 3,57 mil milhões de euros.

 

A autoridade monetária nacional apressou-se a reagir a estes resultados e emitiu um comunicado no qual esclarecia que "o Banco de Portugal considera desejável que o reforço de capital [do BES] seja realizado com base em soluções de mercado".

 

Desde o início da mais recente crise que abalou o BES e o Grupo Espírito Santo é já a terceira vez que a CMVM suspende a negociações bolsista dos títulos do banco.

 

No dia 20 de Junho o regulador tomou esta decisão por considerar que eram "necessários esclarecimentos" sobre a renúncia de Ricardo Salgado da presidência do BES. Entretanto, no dia 10 de Julho, o conselho directivo do regulador determinou a suspensão, numa altura em que as acções caíam mais de 17%, até que o BES divulgasse informação relevante sobre a exposição à área não financeira do Grupo Espírito Santo.

 

O presidente do banco central, Carlos Costa, acrescentaria, já ao final da noite desta quinta-feira, que "a auditoria forense determinada pelo Banco de Portugal, que já está em curso, permitirá avaliar responsabilidades individuais, incluindo as do anterior Presidente da Comissão Executiva [Ricardo Salgado], anterior administrador com o pelouro financeiro e outros membros da Comissão Executiva que entretanto renunciaram aos cargos exercidos".

 

(Notícia actualizada às 8h35)

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