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Abertura dos mercados: Política monetária em destaque após decisões da Fed e Banco do Japão

Depois do encontro de dois dias da Fed, o banco central assinalou que a economia norte-americana arrefeceu no Inverno e a expectativa é que os juros não comecem a subir em Junho. Já o Banco do Japão decidiu manter a sua política monetária inalterada.

Reuters
30 de Abril de 2015 às 08:02
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A Reserva Federal norte-americana (Fed) sublinhou esta quarta-feira, 29 de Abril, que o crescimento económico do país desacelerou nos meses de Inverno, "em parte a reflectir factores transitórios". "O ritmo do aumento de empregos foi moderado e a subutilização dos recursos laborais manteve-se praticamente inalterada", referiu o Comité Federal do Mercado Aberto [FOMC, na sigla original] na sua declaração após a reunião da Fed em Washington.

 

Os responsáveis da Fed disseram recentemente que deverão começar a subir as taxas de juro este ano, pela primeira vez desde 2006, uma vez que a economia se aproxima de um estado de pleno emprego. Referiram também que a decisão será tomada tendo em conta os dados macroeconómicos mais recentes que estiverem disponíveis.

 

O abrandamento da economia nos últimos meses reforçou as expectativas de que a Fed deverá, na sua reunião de Junho próximo, decidir manter os juros nos mínimos históricos (entre 0% e 0,25%). E o mercado especula que a subida possa começar em Setembro.

 

Por outro lado, o Banco do Japão decidiu esta quinta-feira, 30 de Abril, manter a sua política monetária inalterada, sustentando assim que o Japão esta na direcção correcta para alcançar uma inflação de 2% este ano apesar da estagnação do crescimento dos preços, escreve o Wall Street Journal. Por conseguinte, a autoridade monetária nipónica decidiu manter as suas compras anuais de activos e 80 biliões de ienes, mais de 600 mil milhões de euros, ignorando o pedidos de legisladores influentes para aumentar as compras para os 90 biliões de ienes.  

 

As decisões destes dois bancos centrais estão a marcar a manhã. As praças nipónicas encerram no vermelho pressionadas pelo facto de a autoridade monetária do país não ter aumentado a compra de activos. O Nikkei encerrou a cair 2,69% e o Topix recuou 2,13%.

 

No mercado cambial, o euro está a aliviar dos ganhos registados esta quarta-feira na sequência de um crescimento da economia norte-americana abaixo do previsto. O Departamento do Comércio norte-americano divulgou que o produto interno bruto (PIB) da maior economia mundial cresceu apenas 0,2% no primeiro trimestre deste ano, comparativamente com igual período do ano passado.

 

Depois da expansão homóloga de 2,2% registada nos últimos três meses de 2014, o crescimento de 0,2% ficou bem abaixo dos 1% antecipados pelos economistas consultados pela agência Bloomberg. Esta quarta-feira, o euro negociou nos 1,1128 dólares sendo que, esta manhã, está a recuar 0,32% para 1,1092 dólares.

 

Por outro lado, no mercado das matérias-primas, os preços do petróleo estão a cair. O West Texas Intermediate cede 0,19% para 58,47 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte desce 0,59% para 65,45 dólares.

 

A marcar o dia ainda nos mercados está a apresentação de resultados, que continua esta quinta-feira. BNP Paribas,RBS, Banco Popular, Air France , Airbus, Shell, Nokia são apenas algumas das empresas que divulgam os seus números.

 

Além disso, o Eurostat publica hoje a taxa de inflação na Zona Euro de Abril e a taxa de desemprego, em Março. Segundo os analistas consultados pela Bloomberg, a inflação deverá ter ficado inalterada, em 0,6%. O desemprego deverá ter descido ligeiramente de 11,3% para 11,2%.

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