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Bloco lamenta não ter sido ouvido pelo Governo sobre gestão da Carris

A líder bloquista manifesta-se favorável à gestão intermunicipal da empresa de transporte rodoviário e garante que votará contra se a intenção do PCP com a apreciação parlamentar for chumbar o decreto que passa a Carris para a autarquia.

31 de Janeiro de 2017 às 12:53
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A coordenadora nacional do Bloco de Esquerda lamenta que o Governo não tenha ouvido os partidos antes de tomar a decisão de transferir a gestão da Carris para a Câmara Municipal de Lisboa e defende, em alternativa, que a empresa de transporte deve ser gerida de forma intermunicipal.  


"Se o Governo tivesse conversado com vários partidos antes de ter avançado, este processo teria decorrido de uma forma mais proveitosa," apontou Catarina Martins na manhã desta terça-feira, 31 de Janeiro, durante uma visita a uma escola no Cacém


Em declarações aos jornalistas, transmitidas pela RTP 3, a responsável defendeu a gestão autárquica da Carris mas com o envolvimento de todas as câmaras cuja área territorial é abrangida pelo serviço da empresa - dando como exemplo a autarquia comunista de Loures - e não apenas pela câmara da capital.


"Lisboa não é o único município servido pela Carris, há mais municípios que são servidos e têm de ter uma palavra na sua gestão," defendeu, acrescentando que o partido apresentará propostas de alteração nesse sentido. O Público escreve esta terça-feira que a passagem da empresa a entidade supramunicipal poderá ser uma solução.


Catarina Martins garantiu ainda que os deputados do Bloco de Esquerda não votarão no Parlamento pela cessação do decreto-lei que atribui a gestão à autarquia liderada por Fernando Medina, se for essa a intenção do pedido de apreciação parlamentar feito pelo Partido Comunista Português (PCP), por não querer "voltar ao modelo anterior".


O próprio PCP ainda não esclareceu qual o objectivo do pedido de apreciação parlamentar - se é chumbar o decreto ou propor alterações. O agendamento do pedido será feito esta terça-feira, véspera da passagem efectiva do controlo da Carris para as mãos da Câmara de Lisboa.


A Carris regressará à autarquia 41 anos depois de ter saído da sua esfera e após o Governo PS ter suspendido a concessão da empresa (em conjunto com o Metro de Lisboa) à espanhola Avanza.


A câmara comprometeu-se a comprar 250 novos autocarros em três anos e contratar 220 motoristas, criando 21 novas linhas num investimento de 60 milhões de euros.

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