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Carris: PCP reúne-se com representantes de transportadoras de Lisboa e Porto

O grupo parlamentar do PCP propôs a todas as Organizações Representativas dos Trabalhadores (ORT) da Carris e dos STCP (Porto) reuniões para quinta e segunda-feira, respectivamente, sobre a municipalização daquelas transportadoras.

João Santos/Correio da Manhã
30 de Janeiro de 2017 às 23:56
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"Após receber pedidos de audiência de três ORT da Carris", os deputados comunistas agendaram "um encontro alargado, com todas as ORT da Carris, na Assembleia da República, quinta-feira, pelas 14:00, assim como com as ORT da STCP (Sociedade de Transportes Coletivos do Porto), segunda-feira, no Porto", disse à agência Lusa fonte da bancada parlamentar do PCP.

 

O Sindicato Nacional de Motoristas, em comunicado, manifestou-se contra o pedido de apreciação parlamentar que o PCP apresentou sexta-feira contra o diploma governamental que entrega da Carris à Câmara Municipal de Lisboa (CML), admitindo até protestos à porta da sede nacional daquele partido.

 

Esta segunda-feira, 30 de Janeiro, o PCP voltou a mostrar-se contra a municipalização da transportadora terrestre que serve a Grande Lisboa, mas admitiu existirem "soluções, desde que haja interesse e vontade", sem esclarecer se vai propor as alterações que preconiza ao decreto-lei do Governo PS ou a sua cessação na apreciação parlamentar que vai ser agendada no parlamento quarta-feira, em conferência de líderes das diversas bancadas partidárias.

 

O autarca e previsível recandidato socialista Fernando Medina considerou entretanto que a iniciativa comunista é "só um debate, um diálogo", que será travado com confiança e convergência entre parceiros.

 

Também hoje, a Comissão de Trabalhadores (CT), o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes (SITRA), o Sindicato Nacional dos Motoristas (SNM) e a Associação Sindical do Pessoal de Tráfego da Carris (ASPTC) defenderam a transferência da gestão da Carris para a edilidade "alfacinha", embora reconhecendo ser "legítimo e legal" o pedido de apreciação.

 

Para já, desconhece-se o sentido de voto do PSD. Os sociais-democratas podem votar ao lado do PCP e outros para impedir a municipalização da empresa, uma vez que defendem a sua concessão/privatização.

 

Para o BE, a necessidade de maior articulação metropolitana não é razão bastante para uma oposição à municipalização da Carris, que o partido apoia e, caso a apreciação parlamentar do PCP vise a cessação de vigência do diploma, os bloquistas votarão contra.

 

A falta de articulação metropolitana é uma das críticas dos comunistas que é partilhada pelo CDS-PP, que defendia o modelo de concessão a privados, mas estando contra a entrega à CML votará a favor de uma cessação de vigência, se for essa a proposta comunista.

 

Em relação ao Porto, a STCP - cuja concessão/privatização foi revertida pela nova maioria parlamentar tal como aconteceu com a Carris - vai ser gerida a partir de fevereiro pelos seis municípios onde opera (Porto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Maia, Gondomar e Valongo), para já por um período de sete anos.

 

Para o PCP, Lisboa e Porto constituem "dois conjuntos de municípios, duas grandes áreas metropolitanas, com dinâmicas e situações particulares no quadro das empresas de transportes".

 

"Só no quadro da administração central do Estado, com os meios que é preciso afetar, é possível garantir esse serviço de qualidade às populações, a renovação da frota, a valorização dos trabalhadores", defendem os comunistas.

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