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PS acusa Governo de secretismo na privatização da TAP e admite recorrer a todos os mecanismos

O PS acusou hoje o Governo de falta de transparência e secretismo na privatização da TAP, exigiu explicações no parlamento e admitiu recorrer a todos os mecanismos para ter acesso à documentação do processo.

Miguel Baltazar/Negócios
15 de Junho de 2015 às 14:14
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Esta posição foi assumida em declarações aos jornalistas, na Assembleia da República, pelo deputado do PS Rui Paulo Figueiredo, que sugeriu que "o Governo quer chegar às eleições com tudo aquilo que está relacionado com a TAP escondido nalguma gaveta".

 

Questionado se o PS admite recorrer à Comissão Europeia, respondeu: "Nós equacionamos todos os mecanismos, porque este é um assunto absolutamente essencial e relevante. Nós percebemos que estamos a entregar a TAP praticamente de borla, estamos a entregar a TAP de borla".

Para já, os socialistas exigem esclarecimentos do ministro da Economia em comissão parlamentar: "Se, mais uma vez, a maioria [PSD/CDS-PP] bloquear a vinda do ministro Pires de Lima, nós equacionaremos a utilização de outros mecanismos parlamentares".

 

"Nós gostávamos, em primeiro lugar, que o Governo viesse ao parlamento, divulgasse as coisas e esclarecesse. E depois, sim, equacionaremos outras diligências", afirmou o deputado do PS, acrescentando que os socialistas ficam "um pouco mais tranquilos pelo facto de este processo ir passar pelo crivo das diligências europeias".

 

Segundo Rui Paulo Figueiredo, o PS quer ter "acesso aos documentos complementares aos cadernos de encargos, às avaliações financeiras" e "à proposta do consórcio" Gateway, vencedor da privatização, e quer saber "se o Estado vai ou não garantir a dívida, se a dívida vai ser renegociada - parece que sim".

 

"Há um mundo de documentos que nós não conhecemos", disse o socialista, considerando que este é "um processo marcado pela falta de transparência e pelo secretismo".

 

Quanto à capitalização da TAP, Rui Paulo Figueiredo alegou que o consórcio vencedor "está-se a propor fazer uma entrada de capitalização e depois ser imediatamente ressarcido com os activos da TAP".

 

"Ou seja, estamos perante uma engenharia jurídica no controlo efectivo e estamos perante uma engenharia financeira, em que a capitalização é feita com os activos que a TAP já tem e com os mecanismos financeiros a que o Estado já podia recorrer", sustentou. 

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