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Passos: É preferível ter metade de uma empresa rentável do que 100% de uma sem futuro

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, disse hoje que é preferível ter "metade de uma empresa viável" do que ser o dono de uma empresa que não tem futuro, numa cerimónia de apresentação de um relatório sobre lusofonia económica.

Miguel Baltazar/Negócios
15 de Junho de 2015 às 14:10
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"Da mesma maneira que tenho dito que mais vale ter metade de uma empresa viável do que 100% de uma empresa falida, que não tem futuro, direi que com os nossos parceiros lusófonos nós temos a obrigação de estabelecer parcerias com outros parceiros fora da área da lusofonia", sublinhou o primeiro-ministro, nunca se referindo à TAP ou a qualquer outra empresa directamente.

Passos Coelho discursava na cerimónia de entrega do Relatório sobre Lusofonia Económica elaborado pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Económico e a Cooperação (ELO), na residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa.

 

A estratégia delineada no relatório, segundo Passos, vai permitir colocar "os ministros em contacto directo com aqueles que, do ponto de vista associativo, mais experiência congregam na internacionalização da economia portuguesa" e também possibilita a atração de investimento directo externo.

 

"Conseguimos, de facto, que o Governo pudesse, dentro daquilo que estava ao seu alcance e dadas as circunstâncias muito especiais em que vivemos durante uma parte significativa desse tempo, cumprir uma agenda que favoreceu a lusofonia económica e que favoreceu também a internacionalização das empresas portuguesas", afirmou o primeiro-ministro.

 

Ressalvando que a legislatura está a terminar, o que suscita a dúvida sobre se o plano terá sequência, o chefe do Governo declarou que, na sua opinião, esse problema "não se colocará".

 

"Não porque eu tenha nenhuma antevisão particular sobre o resultado das eleições que se aproximam e do novo ciclo político que se avizinhará, mas pela qualidade da estratégia que é apresentada, tenho a certeza que ela será indispensável para qualquer Governo que queira ser bem-sucedido neste domínio", disse, acrescentando que "este é um contributo que poderá ser desenvolvido plenamente na próxima legislatura.

 

O primeiro-ministro disse ainda que "Portugal continua a ser um país com um nível de dívida muito elevado, quer do ponto de vista público quer do ponto de vista privado", o que representa uma restrição, acrescentando que "hoje as restrições para a economia portuguesa são bastante menos exigentes do que eram há quatro anos".

 

"Se queremos que seja assim nos próximos quatro anos, que esta tendência se venha a enraizar ainda mais, então ainda temos de apostar mais neste caminho", defendeu.

 

O presidente da CIP, António Saraiva, apresentou o relatório encomendado pelo Governo e aproveitou para dizer directamente ao primeiro-ministro que este trabalho não foi "entendido como um ponto de chegada", mas sim como "um ponto de partida e há que lhe dar seguimento, e com a determinação de todos os responsáveis que nele participaram de desenvolver uma verdadeira lusofonia económica".

 

Entre as principais conclusões deste relatório destacam-se a relevância económica da língua portuguesa, manter um fórum de partilha entre entidades governamentais, associativas e empresariais, e permitir a participação de todas as partes interessadas numa estrutura transversal na dependência do primeiro-ministro.

 

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