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Montijo: ANA propõe fundo de mitigação dos impactes ambientais financiado pelos operadores
A gestora aeroportuária diz que concorda com a maioria das propostas da Agência Portuguesa do Ambiente para compensar impactos do futuro aeroporto do Montijo, mas reclama para outras "um debate mais aprofundado". E propõe criar um fundo financiado também pelos operadores em função do seu impacto ambiental.
A ANA - Aeroportos de Portugal manifestou esta sexta-feira "a sua concordância com a maioria das propostas apresentadas na minuta de Declaração de Impacte Ambiental (DIA)" da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
Das 159 medidas exigidas, "considera-se que apenas algumas requerem um debate mais aprofundado para avaliação da sua exequibilidade e benefício ambiental", afirma a gestora dos aeroportos nacionais numa nota, não revelando quais as medidas em causa.
A ANA adianta ainda que propôs "uma iniciativa conjunta com todos os stakeholders para a criação de um fundo com um sistema de governança colegial, com o objetivo de potenciar as ações de mitigação e compensação dos impactes ambientais das aeronaves, nomeadamente para a redução do impacto sonoro e proteção da natureza". Uma proposta que, frisa, tem "uma lógica inovadora" e vai "ao encontro das preocupações dos municípios".
Segundo explicita, as iniciativas abrangidas pelo fundo integrarão as medidas do projeto de DIA referentes aos impactos das aeronaves, e as que venham a ser identificadas no futuro.
"O fundo será financiado pelos operadores em função do seu impacto ambiental, e pela ANA através de uma dotação financeira inicial que assegurará o arranque das ações", afirma ainda a empresa detida pelo grupo francês Vinci, acrescentando que a concretização do Fundo de Mitigação e Compensação dos Impactes Ambientais causados pelas aeronaves "colocará Portugal na linha da frente das iniciativas ambientais no setor aeroportuário europeu".