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Pedro Nuno Santos: "Não há aeroportos neutros do ponto de vista ambiental"

O ministro das Infraestruturas abordou as conclusões da Agência Portuguesa do Ambiente que, apesar de ter dado luz verde ao aeroporto do Montijo, impôs medidas de 48 milhões de euros para reduzir o impacto ambiental. Para Pedro Nuno Santos "não há aeroportos neutros do ponto de vista ambiental".

Lusa
31 de Outubro de 2019 às 12:38
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O ministro das Infraestruturas abordou as conclusões da Agência Portuguesa do Ambiente que, apesar de ter dado luz verde ao aeroporto do Montijo, impôs medidas de 48 milhões de euros para reduzir o impacto ambiental. Para Pedro Nuno Santos "não há aeroportos neutros do ponto de vista ambiental".

À saída do encerramento do debate do programa de Governo, Pedro Nuno Santos congratulou-se pela luz verde dada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) à construção do aeroporto complementar do Montijo, uma "decisão que permite pôr fim a um bloqueio de cinco décadas" em que se discute a locação da infraestrutura.

Questionado sobre os avisos deixados pela APA quanto ao impacto ambiental, devido ao qual impõe medidas mitigadoras num valor de 48 milhões de euros, o ministro das Infraestruturas e da Habitação frisou que "não há aeroportos neutros do ponto de vista ambiental".


Preferindo focar-se "nos próximos passos para que o país possa ter a sua capacidade aeroportuária aumentada", o governante socialista sustentou que não se pode aceitar apenas conclusões "quando nos dão jeito".


Quanto à surpresa e apreensão demonstradas pela ANA, em especial devido ao montante requerido para a adoção de medidas mitigadoras do impacto ambiental, Pedro Nuno Santos notou que "obviamente" quando há este tipo de investimentos ninguém pode pensar que os estudos servem "apenas para passar carimbo".


Antes, já o ministro do Ambiente e Ação Climática, Matos Fernandes, tinha defendido que neste tipo de negócios é natural que as empresas envolvidas têm de estar preparadas para eventuais encargos resultantes destes estudos.  


Já sobre eventuais alterações ao que foi acordado com a ANA devido à necessidade de implementação de medidas, o governante pediu "calma" e lembrou que a concessionária dispõe agora de 10 dias para se pronunciar. E quanto a mudanças ao calendário que prevê a entrada em funcionamento da nova unidade aeroportuária em 2022 por causa da implementação de medidas mitigadoras, o ministro admitiu não conseguir dar uma resposta a essa questão, dizendo apenas esperar que essas medidas "sejam cumpridas". 


Apesar da calma pedida, Pedro Nuno defendeu que o mais importante é "avançar rapidamente" para a construção de um aeroporto vital para o país.


Matos Fernandes reconheceu ainda que, naturalmente, a construção de um aeroporto no Montijo vai ter impacto "para as pessoas que ali vivem", com o ministro a garantir que serão tomadas as medidas necessárias para também mitigar os efeitos para os residentes da zona envolvente ao aeroporto.

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