Notícia
Manutenção ainda mantém "holding" da TAP agarrada aos prejuízos
O transporte aéreo teve lucros, já era conhecido. Agora a TAP revela que a "holding" mantém-se no vermelho. Por causa da manutenção.
A TAP SGPS, a "holding" que consolida todas as actividades da empresa de transportes, continuou, em 2016, no vermelho. Os prejuízos foram de 27,7 milhões de euros, ainda que a empresa saliente que "o resultado apresentado pelo grupo, embora ainda negativo, apresentou uma significativa melhoria". No entanto, continua, está "largamente influenciado por uma conjuntura marcadamente desfavorável em alguns dos principais mercados da empresa no longo curso, tradicionalmente mais rentáveis". Refere-se o caso do Brasil, Angola e Venezuela.
Os resultados, que estão no relatório e contas publicados no site da transportadora, revelado pela Lusa, são no entanto melhores que os prejuízos de 156 milhões de euros registados em 2015.
A transportadora já tinha apresentado os resultados de 2016, ano em que ao reduzir a factura com combustível em 226 milhões de euros no ano passado conseguiu regressar aos lucros de 34 milhões. Isto foram os resultados da parte da companhia aérea.
Agora são conhecidos os resultados consolidados, os quais ainda não conseguiu tirar do vermelho. Na TAP SGPS, o resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) foi positivo em 13 milhões, mas depois de custos financeiros os resultados passam a negativos.
Se o transporte aéreo conseguiu regressar aos lucros - positivos estão os resultados da SPdH-Serviços Portugueses de Handling que lucrou 6,1 milhões quase 5 vezes mais que os 1,3 milhões de 2015 -, a actividade de manutenção continua a penalizar os resultados consolidados. Registou em 2016 um prejuízo de 31,9 milhões de euros, menos que os 40,2 milhões um ano antes. Também negativas estão as contas da Aeropar Participações (Brasil) que perdeu 15,6 milhões. É através desta Aeropar que a TAP detém a totalidade da VEM, para a manutenção.
Face a este valor negativo, ainda, na manutenção, a empresa diz terem sido tomadas acções "mais agressivas" que conduzam "à redução dos custos, no sentido de acelerar a convergência para os resultados positivos". Foi, assim, feita uma reestruturação organizacional e estãoa ser desenvolvidas metodologias "com a qual se pretende identificar oportunidades e optimizar sinergias com a companhia Azul", companhia brasileira de David Neeleman - que com Humberto Pedrosa é o novo dono da TAP - e na qual os chinesa da HNA Hainan Airlines tomaram uma participação de 23,7%. A HNA subscreveu, na TAP, obrigações convertíveis, através da Azul, que lhe garantirão assento na administração. Apesar destas medidas, a empresa diz que na manutenção a actividade voltou a crescer, pelo sexto ano, acima, aliás, do orçamentado. Mas acrescenta que a empresa de manutenção esteve muito dedicada a servir a TAP, o que levou a que as vendas a terceiros tenham sido de apenas 23%. Isto porque os slots de hangar estiveram ocupados "para satisfazer os programas de modificação das aeronaves da TAP – sharklets e modificação dos interiores de cabina –, o que impossibilitou a concretização de maior volume de negócio, no que respeita à manutenção de aeronaves".
Os capitais próprios da "holding" continuam negativos em mais de 400 milhões de euros. São 473 milhões de euros de capitais negativos. Apesar das prestações suplementares de 224 milhões feitas já pelos accionistas.
Agora são conhecidos os resultados consolidados, os quais ainda não conseguiu tirar do vermelho. Na TAP SGPS, o resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) foi positivo em 13 milhões, mas depois de custos financeiros os resultados passam a negativos.
Se o transporte aéreo conseguiu regressar aos lucros - positivos estão os resultados da SPdH-Serviços Portugueses de Handling que lucrou 6,1 milhões quase 5 vezes mais que os 1,3 milhões de 2015 -, a actividade de manutenção continua a penalizar os resultados consolidados. Registou em 2016 um prejuízo de 31,9 milhões de euros, menos que os 40,2 milhões um ano antes. Também negativas estão as contas da Aeropar Participações (Brasil) que perdeu 15,6 milhões. É através desta Aeropar que a TAP detém a totalidade da VEM, para a manutenção.
Face a este valor negativo, ainda, na manutenção, a empresa diz terem sido tomadas acções "mais agressivas" que conduzam "à redução dos custos, no sentido de acelerar a convergência para os resultados positivos". Foi, assim, feita uma reestruturação organizacional e estãoa ser desenvolvidas metodologias "com a qual se pretende identificar oportunidades e optimizar sinergias com a companhia Azul", companhia brasileira de David Neeleman - que com Humberto Pedrosa é o novo dono da TAP - e na qual os chinesa da HNA Hainan Airlines tomaram uma participação de 23,7%. A HNA subscreveu, na TAP, obrigações convertíveis, através da Azul, que lhe garantirão assento na administração. Apesar destas medidas, a empresa diz que na manutenção a actividade voltou a crescer, pelo sexto ano, acima, aliás, do orçamentado. Mas acrescenta que a empresa de manutenção esteve muito dedicada a servir a TAP, o que levou a que as vendas a terceiros tenham sido de apenas 23%. Isto porque os slots de hangar estiveram ocupados "para satisfazer os programas de modificação das aeronaves da TAP – sharklets e modificação dos interiores de cabina –, o que impossibilitou a concretização de maior volume de negócio, no que respeita à manutenção de aeronaves".
Os capitais próprios da "holding" continuam negativos em mais de 400 milhões de euros. São 473 milhões de euros de capitais negativos. Apesar das prestações suplementares de 224 milhões feitas já pelos accionistas.