A companhia aérea low-cost Easyjet descarta que a decisão de saída do Reino Unido da União Europeia, tomada há uma semana em referendo, venha a penalizar a operação portuguesa da transportadora.

"Não estimamos qualquer impacto. Nem foi accionado o mecanismo de saída [do Reino Unido da União Europeia]", apontou o director comercial José Lopes.

O responsável português recorda a posição da direcção da empresa sediada em Luton, que já fez saber que contactou o Governo britânico e Bruxelas para que seja defendida a permanência do Reino Unido no Céu Único Europeu.

"Existimos graças à existência do Céu Único Europeu", reforça o porta-voz da transportadora "low-cost", dando o exemplo da Suíça para mostrar que é possível um país que não seja membro da união europeia fazer parte desta aliança.

A companhia aérea tinha-se juntado à campanha pela permanência do Reino Unido na União Europeia. A imprensa britânico tem colocado em cima da mesa o cenário da empresa deslocalizar agora a sua sede. A Easyjet garante que essa opção "não está em cima da mesa". "Continuaremos lutonianos", resume José Lopes.

O porta-voz da companhia admite que a desvalorização da libra face ao euro pode ter impacto na actividade turística do país, relembrando que os gastos com o sector aeronáutico representam uma fatia pequena.

Para que Portugal não perca competitividade enquanto destino, deixa um apelo aos hoteleiros tendo em conta que a subida permanente de preços poderá resultar no "factor perigoso". "Estou certo que os hoteleiros terão algum cuidado com o seu princing", conclui José Lopes.

(Notícia actualizada às 12:40 com mais informação)