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Dívida e operação de manutenção do Brasil afastaram dispersão de capital da TAP em bolsa

"A TAP necessita de aumento de capital e de investimento e não de distribuir dividendos." Foi por estes motivos que o Governo descartou o modelo de privatização do capital da transportadora aérea na bolsa.

Miguel Baltazar/Negócios
24 de Novembro de 2014 às 12:03
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Qual deve ser o modelo de privatização da TAP? A pergunta foi feita várias vezes ao longo dos últimos anos, com vários modelos a serem discutidos. Venda total ou parcial, com ou sem dispersão em bolsa. Vários foram os cenários ponderados pelo actual Governo, entre os quais, a OPV. O actual Executivo decidiu a privatização de 66% da transportadora aérea nacional.

 

Quando analisou os diferentes modelos possíveis após a venda falhada em finais de 2012, o Governo descartou a dispersão em bolsa devido à divida e à operação de manutenção do Brasil, esclareceu o secretário de Estado Adjunto e da Economia ao Negócios.

 

"A TAP necessita de um aumento de capital e de investimento e não de distribuir dividendos", referiu Leonardo Mathias num esclarecimento enviado ao Negócios, depois de ter sido questionado na sexta-feira, à margem da cerimónia do toque do sino, na Euronext Lisbon. O Governo lembra que a opção de venda directa de cerca de dois terços do capital engloba os dois elementos mais problemáticos da TAP: a dívida da companhia aérea e a operação de manutenção no Brasil.

 

A opção de dispersão em bolsa de 49% do capital da empresa voltou a ser discutida deste ano, após uma proposta do PS, no âmbito da discussão do Orçamento do Estado para 2015. A 13 de Novembro, Maria Luís Albuquerque justificou que a ideia dos socialistas não correspondia às necessidades da transportadora. "Era empurrar com a barriga. Por que razão achamos que há investidores que estão dispostos a colocar na TAP o valor que ela precisa mantendo o Estado na gestão? Pagar bem e depois sujeitar-se à presença do Estado? Tenho muito sérias dúvidas que essa estratégia tivesse qualquer sucesso", sustentou junto dos jornalistas.

 

Em Fevereiro, o Citibank, o Barclays Capital, o BESI e o Credit Suisse terão sido mandatados para estudar um aumento de capital da empresa com a colocação de capital em bolsa

 

A privatização da TAP foi aprovada em reunião de Conselho de Ministros a 13 de Novembro. O Executivo decidiu a alienação de 66% do capital da TAP SGPS. 61% serão vendidos a um ou mais investidores e 5% ficarão reservados aos trabalhadores e às empresas do grupo, referiu na altura o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro.

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