Notícia
Pharol trava aumento de capital da Oi
Depois de ter sofrido algumas derrotas na justiça brasileira, relacionadas com o processo de reestruturação da Oi, a Pharol conseguiu agora uma vitória.
Segundo anunciou a empresa liderada por Palha da Silva em comunicado, a Câmara de Arbitragem do Mercado (CAM) "decidiu deferir parcialmente o pedido de medidas de urgência apresentado pela Bratel", que é a empresa da Pharol que é accionista da Oi.
A Pharol queria que ficassem sem efeito as decisões tomadas na reunião do conselho de administração da Oi que aprovou o plano de recuperação judicial da empresa. A CAM deliberou que a Oi fica proibida de avançar com o aumento de capital, que é um factor fundamental no processo de recuperação da operadora.
"De acordo com a Decisão de Urgência, a Oi deverá "se abster de implementar os aumentos de capital em questão, sob pena de multa de 122.923.791,41 reais", refere o comunicado da Pharol enviado esta manhã para a CMVM. A Oi teve conhecimento desta decisão antes da reunião extraordinária realizada ontem pelo Conselho de Administração.
O Plano de Recuperação Judicial da Oi, que pressupõe um aumento de capital entre 4 e 6,5 mil milhões de reais, resulta de um pedido judicial feito pela operadora de telecomunicações brasileira em Junho de 2016. Visa diminuir o passivo da empresa, que ronda os 65,4 mil milhões de reais (cerca de 16 mil milhões de euros), através da conversão de 75% da dívida suportada pelos credores, aos quais serão concedidos direitos sobre a companhia.