A brasileira Oi assegura que "tomará as medidas necessárias à defesa de seus interesses", na sequência da polémica em torno do financiamento que a Portugal Telecom (PT) fez à Rioforte, do Grupo Espírito Santo, uma operação da qual a Oi garante não ter sido informada.

"A Oi não foi informada, nem participou das decisões que levaram à realização das aplicações de recursos em questão, que foram realizadas anteriormente à subscrição e integralização do capital da Oi pela Portugal Telecom", explica a companhia brasileira em comunicado ao mercado.

"A Oi já solicitou esclarecimentos adicionais à Portugal Telecom, analisará as informações recebidas e tomará as medidas necessárias à defesa de seus interesses, mantendo os seus accionistas e o mercado informados sobre as evoluções acerca do assunto", acrescenta o mesmo comunicado.

Em causa está uma aplicação de recursos da PT em papel comercial da Rioforte, a área não financeira do Grupo Espírito Santo, no valor de cerca de 900 milhões de euros. 

Na quarta-feira, Otávio Azevedo (na foto), administrador da Oi que renunciou ao seu lugar na administração da PT, já havia revelado ao jornal "Valor Económico" que saiu daquele órgão da PT por se sentir "desconfortável" por apenas ter tido conhecimento do financiamento à Rioforte pela imprensa. Tal como o Negócios avançou, essa aplicação de recursos no Grupo Espírito Santo não foi decidida no conselho de administração da PT.