O presidente executivo da Altice, Dexter Goei, acredita que a operação do grupo em Portugal, através da dona do Meo, "vai estabilizar" a partir de 2016.

Durante a conferência telefónica com analistas, no âmbito da apresentação dos resultados do terceiro trimestre, o gestor sublinhou que o negócio da PT Portugal, cujas receitas estão a cair há vários trimestres consecutivos, "foi marcado por uma instabilidade de liderança", antes da Altice assumir a sua gestão no dia 2 de Junho deste ano.

Dexter Goei sublinhou ainda os bons resultados da Meo no fixo com as receitas a crescerem 0,3% para 176,3 milhões e o ARPU (receita média por cliente) a aumentar 3,5%.

O CEO da Altice está confiante que o negócio da PT Portugal no segmento de particulares vai "continuar a crescer nos próximos trimestres", bem como o empresarial.

Dexter Goei adiantou que a empresa está a estabilizar o negócio no campo empresarial, uma vez que já não estão a perder contratos, por isso "vai estabilizar".

Recorde-se que a conta da CGD, que passou para a Nos, foi um dos negócios que a PT Portugal perdeu.

Já Michel Combes, chief operating officer do grupo desde Setembro, sublinhou que "já estamos a ver melhorias" no negócio em Portugal. E "o nosso foco é manter a liderança da PT" no mercado português.

No total, as receitas da dona da Meo valem 11% das receitas do grupo francês.

As receitas da Altice caíram 2,9% para 3,8 mil milhões de euros no terceiro trimestre. A queda dos proveitos no mercado francês e no português contribuíram para este resultado.

No que toca a Portugal, as receitas caíram 9,4% para 579 milhões de euros.