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Samsung e as baterias: a “culpa” é dos novos iPhone

Rumores que davam conta que novo iPhone não traria muitas novidades, levaram a Samsung a querer acelerar o lançamento do seu novo equipamento. Tecnológica sul-coreana acreditava que ia colher benefícios se chegasse primeiro ao mercado com um modelo inovador.

Reuters
19 de Setembro de 2016 às 13:23
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"Poucas coisas motivam mais os funcionários da Samsung que a oportunidade de tirar partido de uma fraqueza da Apple". Assim começa o texto da Bloomberg sobre os defeitos que o Galaxy Note 7 da Samsung têm vindo a apresentar. Citando fontes, a agência noticiosa explica que no início desde ano, a empresa sul-coreana ouviu rumores que o iPhone que a Apple iria apresentar este ano não continha inovações de cortar a respiração. Pelo contrário. O dispositivo da empresa da maçã iria ser semelhante aos dois modelos anteriores. E aos ouvidos da liderança da Samsung isto surgiu como uma oportunidade.

Assim sendo, a sul-coreana decidiu acelerar o lançamento do novo smartphone, considerando que este dispositivo iria deslumbrar os consumidores e poderia capitalizar a oportunidade, contaram fontes à agência noticiosa. Fornecedores foram pressionados com prazos mais apertados apesar do Galaxy Note 7 ter novas características face aos modelos anteriores.


Mas os planos não correram como o esperado. Antes mesmo do lançamento do novo dispositivo da Samsung surgiram relatos online que as baterias destes telefones se incendiavam. No final de Agosto, depois de várias baterias terem ardido, a Samsung apressou-se a tentar perceber o que aconteceu de errado.

Mas depois destes incidentes, a polémica não ficou por aqui. D.J. Koh, líder do segmento de telefones da Samsung, disse no início de Setembro, citado pela Bloomberg, que a empresa sul-coreana ia substituir os 2,5 milhões de smartphones que tinham sido já enviados para serem comercializados. Mas também aqui as coisas não correram bem. A companhia foi criticada por ter anunciado planos de substituição antes de ter um plano para fazer esse processo junto de consumidores em 10 países.

Posteriormente, adianta a agência, foram enviados sinais diferentes sobre como deveriam proceder os consumidores. Em primeiro lugar, foi-lhes dito para desligarem os equipamentos e pararem de usá-los. Depois, foi dado aos clientes um software para evitar que as baterias sobreaquecessem, o que permitia aos consumidores continuar a usar o equipamento.


Samsung vende acções

A empresa sul-coreana, de acordo com o Wall Street Journal, vendeu acções de outras empresas que tinha em carteira. O objectivo deverá ser financiar a recolha dos dispositivos Note 7.


As empresas, segundo a mesma fonte, em que a Samsung desinvestiu foram: a Seagate Technology, a Rambus, a ASML Holding NV e a Sharp Corporation. A recolha destes equipamentos deverá custar mil milhões de dólares – quase 896 milhões de euros  no câmbio actual.

 

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